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A ONG Nossa Arca esteve junto com a Secretaria de Agricultura do município de Teixeira fazendo uma convocação dos carroceiros para o recadastramento dos animais, nesta terça-feira, 18 de abril. Foi realizada uma coletiva na sede da secretaria, na qual estiveram presentes: Dorivaldo de Almeida Neves (secretário de Agricultura), Cristhiane Ferreguett (presidente da ONG), Jonathan Molar (vereador) e os carroceiros.
A presidente da ONG disse que Teixeira virou referência nacional no que tange maus-tratos aos animais. Apenas esse ano, ocorreram oito grandes casos com seis óbitos. Cristiane divulgou todos eles, como, por exemplo, o que ocorreu no dia 11 de março, em que duas jumentas estavam sendo torturadas por dois adolescentes no bairro Jardim Europa. A ONG resgatou os animais “com a ajuda da Guarda Municipal e foram levadas para um lar temporário (sítio)”, disse a presidente.


Ainda no relatório entregue pela ONG, o último caso foi no dia 5 de abril, no bairro Bom Jesus, em uma localidade próxima a Biquinha, em que uma jeguinha “apareceu com uma grande ferida na cabeça, provavelmente provocada por arma branca (facão) ou tiro de grosso calibre”, disse Cristhiane. Ela ainda falou que a “ONG levou veterinário e está cuidando da jeguinha em parceria com os moradores”.
A representante da ONG acredita que, com a audiência pública sobre animais de grande porte no perímetro urbano, que será realizada no próximo dia 11 de maio, às 19 horas, na Câmara de Vereadores , muita coisa vai mudar em Teixeira de Freitas. Ela acha que, com mais divulgação e conscientização, a situação desses animais tende a mudar.


O secretário de Agricultura lembrou que “o animal é uma ferramenta de trabalho do proprietário, mas tem que ter cuidado, boas práticas”. Ele ainda informou que em várias cidades não existe mais esse trabalho, mas ele acredita que Teixeira ainda comporta esse tipo de situação.
Dorivaldo ainda informou que no máximo em dois meses a secretaria irá mudar de localidade e vai para o Parque de Exposições. Com isso, eles pretendem revitalizar o parque, pois ele está bastante deteriorado. Irá aumentar a quantidade de salas e ter lugares para abrigar melhor os animais resgatados e/ou apreendidos.
Ele ainda disse que é necessário reativar a associação dos carroceiros e tranquilizou esses trabalhadores sobre o objetivo do recadastramento. Ele explicou que é apenas para saber quem são os proprietários e quais são os animais. “O cadastro é nesse sentido, não tem burocracia nenhuma”. Ressaltando que isso deve acontecer, preferencialmente, até o dia 11 de maio, no dia que haverá a audiência pública.
O vereador Jonathan Molar abraçou essa causa junto a ONG. “Temos que pensar pelos dois lados: se por um lado somos contra os maus-tratos aos animais, por outro lado a gente tem que pensar que essa cultura da carroça é enraizada na cidade”, disse o edil. Ele ainda ressaltou que esse é o “ganha pão” dessas pessoas, “se tirar as carroças, a Prefeitura teria que dar outra forma de geração de renda”, explicou, o que, no momento, não cabe na cidade.
Por Vida Diária/ Petrina Nunes

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