Cidades

Há algum tempo, as agências dos Correios de todo o país têm fechado. Além disso, a empresa tem incentivado os pedidos de demissão voluntária, está mergulhada em dívidas e é critica pela gestão política, além de relatos de usuários dos serviços que, ora não recebem cartas, ora tem que ir buscar na própria correspondência na agência de sua cidade.

 Em entrevista concedida a Rede Globo, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, informou que a empresa teve um prejuízo de 2 bilhões de reais em 2015, quase 2 bilhões em 2016, e já entrou 2017 no vermelho de novo. Ele justificou o fato alegando que as tarifas postais ficaram congeladas por anos e, por esse motivo, não aumentaram o valor das correspondências. Também tem o agravante que a empresa não investiu em outras áreas de atuação, como fizeram as empresas similares pelo mundo.

Para tentar burlar a crise financeira, a empresa tem aconselhado aos funcionários se demitissem. Era esperado que 8 mil pessoas se demitissem, mas um pouco mais de 5 mil o fizeram. Muitos carteiros fazem o trabalho de mais de um funcionário, por falta de mão de obra. É comum, em algumas localidades, as pessoas terem que procurar as agências dos Correios para buscarem sua própria correspondência.

Susy Cristiny, da Federação Nacional dos Empregados dos Correios, acredita que as indicações por parte de políticos para a gestão da empresa ao longo dos anos, muitas vezes sem comprovação de capacidade técnica para condução dos cargos, podem ter contribuído para a crise dos Correios. “O problema não é o trabalhador, o problema é a administração que, infelizmente, não segue o que deveria ser feito para manter essa empresa sustentada”, disse Susy.

Por Vida Diária/ Petrina Nunes

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