:: Vida Diária :: Jornalismo que completa o seu dia!

O setor de tecnologia brasileiro voltou a crescer em 2017 após amargar uma queda inédita no ano anterior. Com o desempenho, o Brasil manteve a nona posição no ranking global e permaneceu no grupo das 10 maiores potências do mundo.

No ano passado, as empresas de tecnologia no país movimentaram US$ 38 bilhões, um crescimento de 4,5% em relação a 2016, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) na noite desta segunda-feira (26).

Os dados agregam os negócios fechados por companhias de software, hardware e de serviços. As empresas que vendem equipamentos movimentaram US$ 19,5 bilhões, enquanto as prestadoras de serviços e as desenvolvedoras de programas de computador e aplicativos geraram US$ 10,4 bilhões e US$ 8,2 bilhões, respectivamente. Os dados foram levantados pela IDC.

“Foi uma boa retomada”, afirma Jorge Sukarie Neto, vice-presidente do conselho da Abes, diz, lembrando que o país já chegou a ser o sétimo maior mercado. "O Brasil manteve a nona posição. Não é nenhum demérito e a gente tem que reconhecer que passamos por enormes dificuldades.”

Ele se refere à instabilidade política que, ao lado da crise econômica, fez os investimentos em tecnologia se retraírem. “Até dois anos atrás, a gente tinha crescimento de dois dígitos”, diz. O encolhimento começou a ser percebido em 2015, quando a alta nos negócios caiu para um dígito, e culminou em 2016, quando a queda foi de 3,6%.

Projetos engavetados

Para Sukarie Neto, o crescimento em 2017 foi um reflexo do reaquecimento da economia associado a uma maior confiança de empresários na situação política, que os fizeram desengavetar investimentos em tecnologia que haviam sido colocados em espera.

“A tecnologia é fundamental para todos os setores, do varejo ao financeiro. Nenhum setor consegue evoluir e ser produtivo em mundo globalizado se não tiver investimento em tecnologia da informação. O que vimos no Brasil em 2016 é que chegamos a uma situação econômica é que não sabíamos se o país seria viável. Só depois do impeachment da Dilma, a gente conseguiu ver uma luz no fim do túnel”, afirmou.

Mercado maduro

O executivo da Abes aponta ainda que os montantes investidos nos três segmentos de negócio denotam que o Brasil está se transformando um mercado de tecnologia maduro. Se, em 2014, 67% dos investimentos em tecnologia eram feitos em hardware, em 2017, esse índice caiu para 51%.

“Quanto mais você investe em software e serviços, melhor o grau de investimento em tecnologia da informação de um país”, diz Sukaire Neto. “Investimento em hardware significa que o país está numa fase em que está construindo a infraestrutura ainda e não está investindo em inteligente, em capacidade de processamento.”

No ano de 2017 o Brasil também voltou a ampliar sua participação nos investimentos totais da América Latina. Dos US$ 97,3 bilhões de negócios gerados na região, o Brasil foi responsável por 39% --no ano anterior, a fatia do país havia sido de 36%.

Ainda que tenha voltado a crescer, o mercado de tecnologia brasileiro ficou abaixo da alta global, que foi de 5,5% e chegou a US$ 2 trilhões. Para 2018, a expectativa da Abes é que o crescimento no mundo seja de 4,3% e o avanço no país seja de 4,1%.

Por: Vida Diária/G1.

AVISO: O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade do autor da mensagem.

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notácia, democrática e respeitosamente. Para utilizá-lo, você deve estar logado no Facebook. Comentários anônimos (perfis falsos ou não) ou que firam leis, princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas podem ser excluídos caso haja denúncia ou sejam detectados pelo site. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, entre outros, podem ser excluídos sem prévio aviso. Caso haja necessidade, também impediremos de comentar novamente neste site os perfis que tiveram comentários excluídos por qualquer motivo. Comentários com links serão sumariamente excluídos.