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Os protestos da ‘Greve Geral’ estão acontecendo em todo o país nesta sexta-feira, 28 de abril. Em Teixeira de Freitas, vários pontos da cidade acontecem movimentações lideradas por diversas frentes sindicais. Eles dizem reivindicar contra algumas reformas trabalhistas e previdenciárias que estão sendo feitas pelo Governo Federal.

Os manifestantes iniciaram os protestos à 1 hora da madrugada do dia 28, em frente a sede da empresa de transporte urbano Santa Clara, em que os ônibus ficaram impedidos de saírem.

No início da manhã, houve um pequeno desentendimento entre os manifestantes que estavam em frente ao supermercado Casa Grande. Isso por que eles queriam que os funcionários do supermercado também participassem da Greve Geral, mas a gerência disse que os trabalhos continuam normais.

Zé Carlos, presidente do Sindec (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio), que estava no local, disse que “não estava tendo nenhuma resistência para clientes e trabalhadores, mas a empresa chamou a Polícia para tentar nos amedrontar”. Ele ainda disse que nenhum trabalhador é obrigado a participar, mas que iriam “tentar dialogar para os empresários liberarem os trabalhadores”.

Sobre o motivo dos protestos, ele disse que, “se a Reforma Trabalhista passar, nós trabalhadores vamos trabalhar em regime de escravidão. Se a reforma da Previdência passar quase nenhum trabalhador conseguirá aposentar”.

No ponto em frente ao Casa Grande estavam diversas frentes sindicais, como UGT, CUT, Força Sindical, CPD, MST, APLB, Sintrexbem, Sindicais dos trabalhadores rurais, Sindibancários e outros. Além de pessoas interessadas nas causas expostas pelos manifestantes.

A Polícia Militar estava nesse e outros pontos da cidade fazendo a segurança dos locais. O Major Silvio Nunes, comandante da 87ª Companhia Independente da Polícia Militar, ajudou no patrulhamento e disse que o problema que teve em frente ao Casa Grande “foi um problema pontual, mas já foi resolvido, temos certeza que não teremos mais problemas”.

O major ainda informou que “a Polícia conversou com os presidentes dos sindicatos e negociaram que tudo ocorra de forma pacífica e em ordem”. “Temos alguns pontos de bloqueio, a exemplo da garagem das empresas de ônibus, mas está tudo sendo monitorado e, por enquanto, está tudo ocorrendo dentro da normalidade”, tranquilizou o comandante.

O MST (Movimento Sem Terra) fechou a frente do INSS. Alcione Mandai, liderança do MST em Teixeira, disse que a intenção dos movimentos é fazer todos os trabalhadores pararem hoje, isso porque, segundo ela, “depois que Temer assumiu a presidência, vários direitos começaram a ser podados, retirados do povo”.

Ela ainda informou que o MST levou outros representantes para o Centro da cidade e alguns ficaram em frente do INSS. Há, aproximadamente, 500 manifestantes do MST espalhados pela cidade, disse Alcione.

Antônio Domingues Santos, conhecido por ‘Domingão’, diretor do Sindicato dos Frentistas, informou que ele e outros trabalhadores foram para a porta da empresa Santa Clara desde a madrugada e vão permanecer por tempo indeterminado. Os motoristas da empresa não estão impedidos de sair, mas os ônibus não saem.

Domingão ainda disse que a empresa compreendeu a situação e não houve conflito. A manifestação, naquela localidade, tem permanecido pacífica. “Não estamos com bandeiras sindicais, estamos defendendo os trabalhadores em geral”, falou.

Antônio Coutinho, diretor do Sindita, explicou em entrevista que “aqui não é uma paralisação, aqui é uma manifestação pelos diretos adquiridos que nossos trabalhadores já têm e ele [Governo] está querendo tirar”. Ele ainda confirmou que não tem horário de parar as manifestações e chamou a atenção de todos os eleitores para prestarem atenção em quem irão votar nas próximas eleições.

Nossa equipe de reportagem ainda foi em diversos pontos da cidade. Os bancos públicos e privados paralisaram as atividades e foram colocados cartazes em frente às agências explicando a situação aos clientes.

A EMBASA de Teixeira de Freitas, atendendo a recomendações do sindicato que representa todos os trabalhadores da empresa na Bahia, também parou as atividades da sede, mas apenas no escritório. Os serviços de rua, de abastecimento e esgoto continuam normais, informou os trabalhadores em frente à sede da empresa.

 

Por Vida Diária/ Petrina Nunes

Fotos: Nadson Camargo

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