:: Vida Diária :: Jornalismo que completa o seu dia!

Série Pioneirismos em Teixeira

Quando se faz a pesquisa histórica de Teixeira de Freitas, sempre se registra a presença dos comerciantes, afinal, eles que foram e são o ‘carro chefe’ da economia da cidade. Dentre os pioneiros do comércio está o senhor Otto Moreira Morbeck, proprietário da Casa Morbeck, que há 48 anos existe no mesmo local em Teixeira.

Otto tem 84 anos, casado e pai de quatro mulheres. Ele chegou a cidade em 1969. Construiu o prédio localizado na Avenida Marechal Castelo Branco, 793, Centro, em 1970 e não modificou nada desde então, mantendo as características originais das quase 5 décadas de existência.

“Quando eu cheguei aqui eram poucos os comércios, eu sou um dos pioneiros, eu e Rúbio, pois quando eu cheguei Rúbio Ribeiro já tinha o comércio dele e está até hoje”, lembrou Otto dos colegas comerciantes. “Depois que Teixeira começou a se desenvolver chegaram Antenor, Antônio Vieira e uma turma de comerciantes”, enfatizou. Ele ainda lembrou que alguns desses também ainda são comerciantes na cidade, outros já faleceram.

“Eu sou muito ocupado. Minha vida é aqui dentro. Quando eu saio daqui é para casa”, diz Otto, mostrando que nunca falta trabalho no comércio da cidade. “Agora deu essa crise que teve no Brasil todo, mas eu acho que o que sustenta Teixeira ainda é o comércio”, disse.

Apesar dos avanços, ele acredita que “o desenvolvimento de Teixeira nunca parou”, isso por que a cidade não para de crescer, sempre abraça novos empreendedores e trabalhadores de modo geral. Otto, por exemplo, veio de Ibirapuã. No começo “eu não tinha muita fé, hoje está muito melhor em Teixeira”, diz ele sobre o comércio da cidade.

“Eu gosto de Teixeira, só saio daqui no caixão”, brincou o comerciante, e completou “tudo que eu pedi a Deus, Deus me deu aqui dentro de Teixeira, então vivo tranquilo e calmo”. Uma das principais características de Otto é que ele sempre vendeu as mesmas coisas, nunca mudou o estoque desde 1969.

Perguntado sobre quais eram esses produtos que ele vendia, ele disse que tinha tantos que nem ele sabia, “meu comércio é bagunçado”, brincou. Encontramos algumas chapas para fogão, forno, vários tipos de alumínio e panelas, além de bebidas artesanais. “Eu tenho uma vantagem, é que eu não vendo fiado”, disse Otto, e por isso “não tenho nada perdido”, completou.

“Cada dia que passa eu só desejo melhora para Teixeira”, disse o comerciante sempre mostrando positividade por esse segmento econômico. Assim como Otto, o comércio de Teixeira sempre foi independente. Teixeira também é conhecida por ser o centro de abastecimento das cidades circunvizinhas, especialmente, das cidades com praia, que não desenvolveram um comércio tão amplo. Além do centro comercial, camelôs e comércio de bairro, hoje a cidade ainda conta com dois shoppings e se abriu para os comércios por meio de redes sociais.

 

Por Vida Diária/ Petrina Nunes

Reportagem relacionada:

Ramiro Guedes: a história do jornalismo radiofônico teixeirense

 

Paíto da funerária: a história dos mortos da cidade

Dr. Stanislau: um dos seis primeiros médicos a atuar em Teixeira conta a história da Saúde na cidade

AVISO: O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade do autor da mensagem.

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notácia, democrática e respeitosamente. Para utilizá-lo, você deve estar logado no Facebook. Comentários anônimos (perfis falsos ou não) ou que firam leis, princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas podem ser excluídos caso haja denúncia ou sejam detectados pelo site. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, entre outros, podem ser excluídos sem prévio aviso. Caso haja necessidade, também impediremos de comentar novamente neste site os perfis que tiveram comentários excluídos por qualquer motivo. Comentários com links serão sumariamente excluídos.