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Outro dia ouvi esta estória e ela fez muito sentido para mim, por isso, quis compartilhar com vocês.

Um mestre perguntou a seus discípulos: Quanto pesa uma garrafinha de água? Alguns responderam 150 ml, outros 200 ml. O mestre, para acabar com a dúvida, pesou-a. Ela pesava 200 ml. Daí ele perguntou: Imaginem se vocês segurassem esta garrafa com uma de suas mãos por uns instantes, o que vai acontecer? Eles responderam: Provavelmente nada. Mas e se vocês segurassem durante duas horas, o que vai acontecer? Provavelmente sentiremos muita dor nos braços, nos ombros.  Agora, imaginem vocês segurando esta mesma garrafinha por quarenta e oito horas, o que aconteceria com vocês? Todos responderam, sem hesitação:  estaríamos paralisados e com uma dor insuportável nos braços e ombros.

O mestre continuou: Esta garrafinha representa nossa vida e seus desafios, seus sofrimentos. Pensem que o peso desta garrafinha não mudou em nada, o que mudou foi o tempo que estivemos segurando-a. O mesmo acontece com a dor que sentimos pela vida. Muitas vezes a dor nem é tão grande assim, muitas vezes os problemas ou desafios nem são tão dolorosos assim, mas o tempo que passamos carregando, os transformam num fardo pesado demais a cada dia.

O que eu achei muito incrível nesta metáfora é a reflexão de que a dor, os problemas e os desafios existem e nunca estaremos livres deles enquanto estivermos vivos, mas o peso que ele vai ter sobre nossas vidas, dependerá do tempo que os carregarmos, do modo como lidamos com eles. Não é maravilhoso sabermos que temos uma escolha?

Quando remoemos infindavelmente um problema, enquanto não nos despregamos de um conflito ou de um acontecimento doloroso, todas as vezes que lamentamos sem parar sobre algo que nos fez sofrer, ou nos frustrou de alguma forma, mantemos esta dor, este sofrimento em nós da mesma forma que acontece com o peso desta garrafinha.

Quantas vezes gastamos dias, meses, anos, sofrendo por acontecimentos, sendo tomados por pensamentos referentes a um problema que não cessa nunca porque não somos capazes de nos desvencilhar deles. Ficamos remoendo raiva, ressentimento, que nos adoecem física e psiquicamente. Nos mantemos em relações ou saímos delas feridos, mas, ao invés de nos desconectarmos e nos libertarmos delas nos mantemos em laços de ódio, ressentimento ou medo.

Não só o amor tem a capacidade de nos manter unidos às pessoas, mas a raiva e o ódio também. O que muda é a qualidade da emoção. Enquanto o amor nos transcende, o ódio nos adoece.

Talvez o perdão seja nosso maior desafio de aprendizagem. Você já parou para pensar na importância disso?

O perdão não é colocar no colo, virar amigo e concordar, mas é sim, se libertar de um sentimento que só nos faz adoecer. Perdoar é por nós e não pelo outro. Perdoamos para nos sentirmos   melhor em relação a nós mesmos e não para o outro pensar coisas boas sobre nós.

O perdão é um ato individual que não depende da presença e nem do conhecimento de ninguém. É um processo de libertação de uma dor que vem nos adoecendo a cada dia, dia após dia. É um processo solitário, consciente e extremamente maduro e digno de orgulho. Perdoar não é o encontro com o outro, mas é o encontro consigo mesmo de forma a serenar e provocar a paz em seu coração e ninguém precisa saber disso além de você e Deus.

O quanto você tem praticado o perdão em sua vida? Além de você mesmo, quem mais precisa ser perdoado?

Até a próxima.

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Por Vida Diária: Cristina Castro.

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