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O intuito deste artigo é enfatizar o fato de que, se queremos entender o que nos acontece ou sentimos, porque e como nos acontece só depende de uma coisa: o Autoconhecimento. Mas o que quero dizer com isso? Afinal, qual a importância do autoconhecimento?

Fico imaginando quantos de vocês que estão lendo este artigo, inclusive eu que o escrevo agora, percebemos, em algum momento da nossa vida, como alguns acontecimentos se repetem várias vezes. Por exemplo, por que algumas pessoas vivenciam o mesmo tipo de relacionamento, embora com pessoas diferentes, mas, que se derem conta constatarão que começam igual, ou terminam igual. Muitas vezes temos aquela sensação de que até alguns diálogos, problemas que passamos parecem mudar de endereço, de roupa, de pessoas, mas o problema é o mesmo.

O tipo de trabalho, ou de chefe, ou mesmo nossas amizades parecem reforçar um padrão único de acontecimentos, sentimentos, conflitos e desfecho, os quais não entendemos e nem sabemos como nos livrar, até porque nem sabemos se há como modificar. Nesta hora costumamos ouvir, ou já falamos para nós mesmos, “minha vida é assim mesmo, os homens são todos iguais, ou as mulheres são todas assim mesmo”. Talvez você já tenha dito: a vida é assim mesmo, esse é nosso destino, etc. São tantas as frases ou chavões que utilizamos para expressar um ciclo existencial da qual achamos que não temos escolha ou domínio sobre por ser tão constante e costumeiro.

Acreditamos que por vivermos desta forma tantos anos, não existe outra possibilidade. Mas isso não é verdade. O que a vida está fazendo com a gente quando nos faz vivenciar acontecimentos repetidas vezes? De um modo geral estas repetições trazem em si um aprendizado. Existe uma frase do Jung em que ele diz que até nos tornarmos conscientes, seu inconsciente irá dirigir sua vida a tal ponto que você chamará de destino. Tudo aquilo que ficou ou está mal resolvido em nossas vidas se repete exatamente para que a gente consiga dar a solução necessária. É como uma febre que temos e que não buscamos a causa. Ela passa, mas ela volta, e se volta precisamos examinar, para entender o que é para fazermos algo a respeito.

Não só nosso corpo, mas também nosso psiquismo tem uma tendência ao equilíbrio, ao estado natural de ser. É como uma ferida que o organismo cura sozinho. Tudo aquilo que nos incomoda e não sabemos muito bem o motivo é preciso conhecer, ficar consciente de como acontece e pensar o que podemos fazer a respeito. De fato, tudo que nos acontece seja de bom ou ruim fomos nós que provocamos. Não é o mundo ou as pessoas os responsáveis por nossa vida. Cada um de nós tem a escolha de ser o que quer ser. O importante não são as circunstâncias que vivemos, mas os recursos que temos dentro de nós para lidarmos com os acontecimentos. É crucial que conheçamos estes recursos para que possamos saber como fazer e resolver os problemas que aparecem.

Portanto, o autoconhecimento é poderoso, porque ele nos faz ter autocontrole, ele nos ajuda a evitar circunstâncias ruins ou provocar coisas boas intencionalmente e com total responsabilidade.  O autoconhecimento nos ajuda a controlar nossos impulsos diante de situações que, sem autocontrole, poderiam ser razão de grande arrependimento.

Tudo aquilo que conhecemos possuímos maior domínio, quanto mais autoconhecimento mais previsíveis nos tornamos para nós mesmos. Saber reconhecer uma emoção, um pensamento, uma intenção, reconhecer nossos valores, nossos padrões, aquilo que gostamos e queremos pode ser o limite entre uma vida com significado e uma vida vazia e sem domínio, em que nos sentimos vítima de um destino cruel e inevitável.

Até a próxima!

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Por: Vida Diária/Cristina Castro.

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