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Caros leitores, hoje teremos um breve diálogo sobre ser criança, um tema bastante extenso, mas que requer vários olhares acerca da temática em especial. Cotidianamente, ouvimos relatos de que as crianças de hoje são diferentes das crianças do passado. Bem, sabemos que existe um descompasso entre as gerações. De um lado existe um olhar idealizador da infância como lugar da inocência, e por outro lado em um contexto atual e social, essas crianças carregam uma experiência fortemente marcada pela comunicação, a mídia e pelo constante consumo.

Porém, as crianças em si, em seu código genético e sua forma de agir ou em suas competências, personalidades e habilidades, talvez não tenham mudado tanto assim. A forma de ser e estar no mundo não muda. O que, provavelmente, pode ter mudado é a ideia que temos sobre a infância e sobre a forma de como educá-las.

Pesquisas relacionadas à Ciência surgem, a cada dia, mostrando que muitas crianças apresentam competências precoces. Isto, com certeza, assusta a nós, pais, pois não sabemos lidar com tanta potencialidade. Com isso, sem sabermos entender toda essa demanda, escolhemos os extremos: situações punitivas, e em outras, de liberdade demasiada com recompensa para tudo o que a criança faz, quando o que elas mais precisam é de limites e entender a realidade da vida. 

Porém, muitos pais se sentem culpados por estarem no mundo do trabalho, com isso, a presença se torna cada vez mais escassa. Assim, retomo aqui com Sandroni e Machado (1998), quando relata a importância da troca, da contextualização da vivência para aprender. Neste mesmo contexto, o próprio autor apresenta algumas dicas importantes para os pais, de modo a despertar o interesse dos filhos, o interesse pela leitura. Entre essas dicas vou citar apenas duas: compre livros e conte histórias para seus filhos.

Assim, penso que um LIVRO pode ser um presente de convivência. Quem presenteia uma criança com um livro, pode contar toda a história que nele contem, e na narrativa, existe a possibilidade de estarem juntos, num momento de convivência, haver um entendimento entre dois corações, através do poder da palavra e da troca, de estarem juntos ao discutirem a leitura e história que o envolvem!

Por fim, gostaria de dizer que neste tema, discutindo "ser criança em gerações diferentes", temos muito ainda a estudar, aprender e a refletir, mas continuo sugerindo como um ponto de convivência, em especial, dar um LIVRO como presente, para que as crianças tenham a possibilidade de despertar a curiosidade da leitura, da comunicação e da troca entre todos.

Obrigada !!! 
Qualquer dúvida, sugestões ou crítica, contatem-me.
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Dilce Assunção,
Psicóloga Clínica CRP 07/17173
Mestra em Biociências e Reabilitação
Mestra em Educação em Ciências

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