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Essa semana nos deparamos com uma notícia triste e repugnante: uma mulher de 46 anos foi assaltada e estuprada por dois homens e essa cena presenciada por um adolescente de 15 anos, no bairro Estância Biquíni. O fato por si só já nos choca, mas também traz a tona questões relativas à “cultura do estupro no país”, no qual, algumas pessoas banalizam esse fato por se tornar tão rotineiro em nosso dia-a-dia, além disso, parte da sociedade acaba também por culpabilizar a mulher quando esta, na verdade, foi a vítima do crime. Tão inaceitável quanto o delito que citei, é a apatia social e a naturalização de prática tão nefasta que atinge as mulheres diretamente, bem como, a dignidade e o respeito na convivência em sociedade e nas relações pessoais.

Segundo estatística do Ministério da Saúde, ocorre um estupro a cada 11 minutos no Brasil, a faixa etária mais atingida é a de jovens entre 12 a 17 anos, provavelmente, ao você acabar de ler esse texto, outra mulher já foi estuprada no país. Não podemos naturalizar de que foi “mais uma mulher” ou apenas nos indignar momentaneamente sobre tal fato, a demais, temos de combater discursos como: “a culpa é da mulher”, “ela estava usando roupa curta, provocou o estuprador”, entre tantas outras falas ofensivas e machistas.

Dessa forma, devemos sim olhar a legislação e criar mecanismos de combate e de repressão ao estupro e policiamento ostensivo nos diferentes pontos da cidade, mas também precisamos de campanhas de conscientizar, debater, dialogar, para combater essa “cultura do estupro” e dar voz e acolhimento às mulheres que sofreram tal agressão física e psicológica e todos e todas que queriam militar e se engajar no assunto.

Vamos nos engajar e que homens e mulheres possam dar um basta “à cultura do estupro”, à banalização de uma prática e de um crime hediondo...

 

Por: Jonathan Molar

 

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