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Por que estamos sempre esperando que o outro nos reconheça, ou nos supra de alguma forma para que a gente possa se sentir bem, amado e feliz? Será que é possível construirmos uma relação afetiva em que ambos simplesmente compartilham seu jeito de ser, sua natureza única sem criarmos expectativas de como deveria ser?

Tenho aprendido muito ultimamente. Uma das coisas é entender que quanto mais fortalecida me sinto em relação a minha própria vida, quanto mais segura daquilo que quero e que sou, quanto mais realizo minhas atividades, quanto mais vivo a minha vida, me sinto preenchida, estou mais inteira, mais amorosa, mais entregue me sinto para meu marido. Sabe por quê? Por que entendi que somente eu posso dar a mim mesma aquilo que eu realmente preciso.

Portanto, vivo e recebo o que meu marido tem pra me dar como um acréscimo, como um ganho por menor que seja ele. Porém o mais incrível é que me sinto mais dona de mim, das minhas coisas, me sinto mais forte e segura do meu potencial, com isso meu ciúme diminuiu, não penso nestas coisas. Isso deixou de ser importante. Sabe o que fez isso comigo? Autoconhecimento.

Um relacionamento estável é aquele em que duas pessoas com vida própria convivem uma com a outra sem cobrança, sem expectativas, sem esperar aceitação, reconhecimento, atenção. Não é fácil chegar neste ponto de desprendimento e de maturidade conjugal. Precisei de muito trabalho, claro. Também não quero dizer que não tenho problemas com meu marido. Óbvio que temos. A diferença é que conseguimos contornar as situações conflituosas de forma mais objetiva, mais madura e sem desrespeitar um ao outro.

Quero deixar claro aqui é que não importa o tamanho do trabalho, o que importa é que é possível a autossuperação, é possível abandonar velhos padrões, introduzindo novos para que novas experiência aconteçam e um relacionamento saudável floresça.

Nossa cultura nos fez acreditar que a frase “não vivo sem você” é linda, amorosa e sensata. Mas não é! Precisar de alguém faz com que a gente estabeleça vínculos de dependência como se nossa vida dependesse da vida do outro. Uma relação como essa não possui um amor genuíno, mas um amor inseguro, medroso e cheio de desconfiança através da qual as cobranças, os julgamentos, a necessidade de moldar e modificar o outro e o ciúme se farão presentes, prejudicando qualquer possibilidade de crescimento real e verdadeiro.

O que podemos fazer é procurar nos desenvolvermos, evoluirmos independente do outro. Não nascemos grudados em ninguém e se você está se sentindo sozinho, rejeitado e sem reconhecimento, o que você pode fazer para suprir isso em você sem esperar por nada e nem ninguém? Autoconhecimento, e reconhecer nossas forças pessoais nos permitirá que vivamos uma vida mais autêntica e independente. A melhor parceria é aquela que partilha, que divide, que ama você do jeito que você é sem cobranças, sem julgamentos e sem medo do futuro.

Como disse Osho: “O outro não o preenche. Preenchimento é interno”.

 

Até a próxima!

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