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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano terá segurança reforçada, com ajuda até de tecnologia de espionagem. É que detectores de ponto eletrônico serão utilizados pela primeira vez nos dois dias de prova. Com eles, será possível identificar mensagens por celular ou ponto eletrônico recebidas e transmitidas via sinal de rede móvel de banda larga, bluetooth e wi-fi.

Doze candidatos foram flagrados em 2015 e 2016, usando ponto eletrônico. O uso dos detectores foi anunciado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, no último dia 27. Além deles, o Enem 2017 contará com provas personalizadas e aumento no número de detectores de metal.

Batizado de André, o equipamento para identificar pontos eletrônicos vai ser usado de forma experimental. Ele é um dispositivo portátil, conectado a uma antena, que apita quando se aproxima de alguém que esteja usando o ponto. Atenção: o novo equipamento de segurança não vai emitir alarme em quem estiver usando aparelho auditivo, que apenas amplifica as ondas sonoras, sem emitir ou receber sinais.

O equipamento foi cedido ao Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) pelo grupo Berkana Tecnologia em Segurança. A empresa explica que o sistema americano é amplamente utilizado para espionagem, através de interceptação de escutas e transmissões ilegais. “Nós percebemos que essa tecnologia poderia ser utilizada para outros fins, além desses. Lançamos, em maio, o produto para detectar fraudes em concursos públicos”, explicou Vanessa Teixeira, gerente de marketing da Berkana.

A adoção do André foi recomendação da Polícia Federal. Com a novidade, a localização de aparelhos de transmissão, por menores que sejam, será mais precisa e sem a necessidade de revista dos candidatos. “Um agente pode circular entre as cadeiras e, se houver detecção de sinal de radiofrequência, o aparelho sinaliza, vibrando e emitindo alarme visual e sonoro”, disse Vanessa, da Berkana.

Por motivos de segurança, o Inep não informou quantos aparelhos do tipo serão utilizados nem onde: “Estamos trabalhando com a perspectiva de utilizar o equipamento em todos os estados”, afirmou Eunice dos Santos, diretora de Gestão e Planejamento do órgão.

inep

Outra novidade do Enem 2017 será a identificação de cada prova com o nome do aluno, CPF, número da inscrição no exame e os dados do local de realização da prova. Além disso, o cartão de respostas estará relacionado, pela primeira vez, ao caderno de questões recebido por cada aluno.

Essa medida é tomada para evitar a famosa “pesca” durante as provas. A partir deste ano, o candidato deve, obrigatoriamente, marcar o gabarito de acordo com a cor do caderno de questões recebido com seu nome - até o ano passado, a identificação da cor do caderno de questões no gabarito era feita pelo próprio estudante.

De acordo com o Inep, o novo modelo de segurança inibe a transmissão do gabarito entre pessoas que recebem provas de cores diferentes. O Enem conta com quatro cores de caderno de respostas: rosa, azul, amarelo e branco ou cinza. Cada aluno recebe, nos dois dias, duas provas com cores diferentes. Todos os cadernos têm as mesmas questões, mas em sequências alteradas.

Em todos os 13.620 locais de aplicação da prova em todo o Brasil, haverá, no mínimo, dois detectores de metal. Ainda de acordo com Eunice dos Santos, do Inep, nos locais de maior vulnerabilidade, recomendados pela Polícia Federal, o número será ainda maior. Cerca de 29 mil detectores estão à disposição do consórcio aplicador da prova. Na última edição do Enem, o detector de metais foi responsável por 120 eliminações.

Será mantida a coleta de dados biométricos, que foi lançada em 2016 e que inibe a falsidade ideológica. No ano passado, sete candidatos foram eliminados por terem se recusado a fornecer esses dados. Quase 7 mil participantes inscritos terão coleta de impressão digital nos dois dias de prova.

Na Bahia, 490.233 candidatos tiveram suas inscrições confirmadas. No dia 20, o Inep divulgará os locais de prova na página do participante na internet. 

Por Vida Diária: Andressa Lima/Correio da Bahia.

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