Educação

Teixeira de Freitas: Na véspera da implantação da primeira Escola Cultural de Teixeira de Freitas, a primeira da região, noite de quinta-feira, 16, os principais agentes culturais do Extremo Sul se reuniram no saguão do CETEPS, antigo Colégio Modelo (Colem). Com a presença do Superintendente de Cultura do Estado, Sandro Magalhães e da deputada estadual Maria Del Carmen, o evento, realizado pelo Instituto de Cultura, Educação e Desenvolvimento (ICED) seguiu com os diretores municipais de cultura, capoeiristas, artistas plásticos, promotores culturais e outros.

Pouco a pouco, convidados e alunos do CETEPS se misturaram no espaço, formando uma plateia heterogênea. Todos participaram das explicações do Sandro Magalhães quanto a ideia e funcionamento do projeto Escolas Culturais, bem como, aplaudiram a notícia de que o maestro Orley Silva foi eleito padrinho do polo de Teixeira de Freitas e, por fim, participaram de arguições sobre investimentos na cultura regional e uma reflexão acerca da Lei da Sanfona.

 Projeto Vivo

Coube ao superintendente trazer detalhes do projeto. Ele explicou que se trata de um projeto de integração entre a comunidade artística que se forma dentro da Escola, com a que acontece fora dela. Isso significa que todo grupo cultural, de diversas manifestações artísticas, terá acesso aos equipamentos e espaços da Escola Cultural, que em Teixeira de Freitas, funcionará nas dependências do CETEPS, que já está recebendo melhorias na infraestrutura, kit tecnológico para trabalhos audiovisuais, livros e outros.

Sandro Magalhães disse que será construído um calendário com programação fixa, para garantir a vivacidade do projeto. "As pessoas podem procurar a escola para fazer uma dinamização cultural". Além disso, toda Escola Cultural receberá um núcleo Neojiba (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) e haverá um edital de residência artística exclusivo, entra tantas ações previstas.

O Padrinho

Outro ponto abordado, foi a importância do padrinho da Escola Cultural local na manutenção e realização artística. Um posto de grande responsabilidade e, por isso, escolhido com rígidos critérios, baseados em entrevistas, pesquisas e análise de perfil. Esses trâmites levaram a escolha do maestro Orley Silva do ICED. Ele é reconhecido por ser idealizador de programas como o Orquestrando Futuros, que ensina música clássica a crianças em risco de vulnerabilidade social, revelando grandes potenciais e mudando, efetivamente, a vida de muitos jovens.

Ao fim, o próprio maestro conduziu uma reflexão acerca da Lei da Sanfona, ou Lei de cota para artistas locais, como também ficou conhecida. A proposta inicial dessa lei, é que 60% do orçamento previsto para a contratação das atrações em eventos, seja destinada para os artistas locais, entretanto, uma modificação no texto, trazendo o trecho "artistas que expressam a cultura baiana", permite uma interpretação mais ampla, tirando a exclusividade do agente local. 

 A discussão vai continuar

Na ocasião, foi iniciada uma discussão de alternativas e propostas que estreitem esse entendimento, a fim de tornar o objetivo primeiro da lei mais eficaz e determinante para o benefício dos diversos artistas, que devem ser priorizados no ato da contratação por serem locais, regionais e estaduais. Respeitando essa hierarquia geográfica. Esse deve ser um debate estendido para outros momentos, até que haja um consenso e uma alternativa possível de solução, ancorada na institucionalidade.

Por: Vida Diária/Ascom

• < Ant
• Próximo >