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Por Petrina Nunes/ Vida Diária

As mulheres de Teixeira de Freitas foram agraciadas com um Belo Dia, projeto coordenado por mulheres, realizado no campus Paulo Freire da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), das 14 às 20 horas. O projeto contou com o apoio do coletivo "Não me dê flores". Além de serviços relacionados à beleza feminina, houve dança do ventre com a professora Camila, yoga com a professora Helena, massagem, filmes, artes, rodas de debate e outros.

Carol Bento, aluna do campus e idealizadora do projeto, disse que “O Belo Dia surge a partir de um momento que começo a oferecer produtos de beleza e vejo que nos catálogos há mulheres que não me representam, pois, são mulheres que não são iguais as que vejo todos os dias. Então, porque não propor um belo dia que seja para conversar sobre isso e a partir daí propor vários outros temas?" Para ela, ação e união entre as mulheres são as chaves para liberdade e empoderamento feminino.

A contação de histórias foi feita pela Pedagoga Ananda Luz. Ela expôs livros que contam histórias de mulheres como Carmem Miranda e contos de fadas que retratam princesas mais próximas de pessoas reais. Dentre suas dicas de leitura, ela falou do livro 'Uma princesa nada boba' do escritor Luiz Antonio. Ananda fez questão de destacar que as histórias não eram apenas para as mulheres, pois segundo a educadora, "falamos muito de políticas públicas para as mulheres, mas também é necessário dialogar com os homens".

Wanda Fernandes, tecnóloga em estética, foi um dos três profissionais em massagem que estiveram presentes no evento. Eles levaram "massagem clássica, relaxante e outras técnicas que, além de melhorar a autoestima, beneficia o sistema metabólico", explicou Wanda. Ela ainda disse que a massagem pode até ser uma solução para as mulheres que sofrem com dores fortes de cólicas e que o mais importante de iniciativas como essa é o resultado: "O mais importante é ver o sorriso das mulheres", completou.

Houve uma exposição de quadros com pinturas em acrílico da artista plástica Carolina Nascimento, de apenas 18 anos, que é estudante do curso de História da Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Ela já expôs também em um seminário realizado pela UNEB. Seus quadros retratam mulheres negras, sérias, com feições tranquilas e que passam uma ideia de liberdade. "Priorizo as mulheres, por serem, muitas vezes, seres silenciados, assim como os negros", disse Carolina. E ainda completou que, a arte fala muito e, por isso, muitas mulheres usam a arte para falar aquilo que as pessoas não querem ouvir da boca delas.

Também teve um pouco do trabalho das mulheres do "Mão Talentosa" com produções artesanais e roupas costuradas. Estiveram representando o projeto:  Idinete Lima Cândido, Maria D'Ajuda Sena, Janete Ferreira Resende e Iraci Silva Rodrigues.

Stella Narita, decana do campus Paulo Freire, falou que "hoje é um dia de luta e de celebração pelo Dia Internacional das Mulheres". Ela coordenou uma roda de debates e nos esclareceu que não era um debate feito em uma perspectiva academicista e intelectualista, mas algo voltado para a troca de experiências entre as mulheres. "A ideia é abordar diversos temas relativos à luta feminina", disse Stella, que tratou, além de questões de gênero, sobre as afirmações étnica e raciais. 

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