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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (31) que a definição do valor do salário mínimo não é objeto de "opinião ou vontade". Na segunda-feira (30), o governo anunciou que reduziu novamente a previsão para o salário mínimo de 2018, recuando de R$ 969 para R$ 965.

"É objeto de seguir a lei. É o que estamos fazendo", afirmou o ministro durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal. A estimativa para o salário mínimo do próximo ano já havia sido reduzida em agosto, de R$ 979 para R$ 969. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 937.

A nova estimativa consta na mensagem modificativa da proposta de orçamento de 2018, que está sendo enviada ao Congresso Nacional. O texto permite um rombo nas contas públicas de R$ 159 bilhões para o ano que vem, R$ 30 bilhões maior do que inicialmente previsto.

Cerca de 45 milhões de pessoas recebem salário mínimo no Brasil, entre aposentados e pensionistas, cujos benefícios são, ao menos em parte, pagos pelo governo federal. Com o salário mínimo menor, portanto, o governo economizará nas despesas com o pagamento desses benefícios. A expectativa do Ministério do Planejamento é economizar R$ 1,2 bilhão com a revisão do salário mínimo para baixo.

O reajuste do salário mínimo, por lei, é feito a partir de uma fórmula que soma a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, calculado pelo IBGE, e o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

"Salário mínimo é de acordo com a lei. O que mede a inflação nesse caso é o INPC, que nas medidas pelos índices oficiais está um pouco menor do que o IPCA. O INPC tem ficado abaixo de 2% ao ano, contra um IPCA de 2,6%", disse Meirelles.

No caso de 2018, portanto, será somado o resultado do PIB de 2016, com queda de 3,6%, com o INPC de 2017, que só será conhecido no começo do ano que vem. Como o governo baixou a previsão para o INPC deste ano, também estimou uma correção menor do salário mínimo do próximo ano.

Por: Vida Diária/G1.

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