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Desde que você se formou como está seu nível de felicidade e realização profissional? Quantas pessoas você sente que tem ajudado com seus atendimentos? Quando você inicia um atendimento seu sentimento é de certeza de que tudo vai sair bem ou você sente que não sabe no que isso vai dar?

Desde que me formei em psicologia nunca tive dúvidas do quanto eu queria esta profissão. Imaginava que eu seria a pessoa mais feliz e realizada do mundo. Mas aí o tempo foi me mostrando que não era bem assim. Cada vez mais eu me sentia perdida, e sem prazer algum no que vinha realizando. Eu me questionava, perguntando o que mais me faltava, qual curso eu estava precisando fazer pra me capacitar mais e mais. Atribuí tais sentimentos e pensamentos a circunstâncias externas e em momento algum me perguntava o que eu precisava entender sobre mim mesma pra que minha realização profissional e prazer em ajudar as pessoas começassem a fluir.

Fiquei durante muito tempo vivenciando tudo isso até que abandonei a psicologia e minha função de psicoterapeuta, afinal, eu não acreditava em minha capacidade profissional e nem me sentia, de fato uma profissional. Referir a mim mesmo como psicoterapeuta parecia "muita areia pro meu caminhãozinho”.
Obviamente que não fiquei parada, mas algo dentro de mim dizia que talvez eu não tenha nascido pra ser psicóloga e fui trabalhar com artesanato. Mas lá dentro de mim, bem lá no fundinho algo martelava, parecia um buraco, um vazio, uma sensação de que algo precisava ser realizado. Era uma sensação de que eu tinha que voltar pra minha profissão, do contrário, o que eu iria dizer para meus netos? É como se eu devesse algo a mim mesma. Eu jamais conseguiria me encarar com orgulho e admiração.

Foi aí que resolvi fazer meu curso de coaching, para ver se eu dava uma incrementada na abordagem e no jeito de trabalhar com as pessoas. Fiz a minha pós-graduação em sexologia e fui voltando a trabalhar no consultório outra vez. Mas não adiantou, eu sentia a mesma coisa. Algo me dizia que eu tinha que ir mais além. Afinal, eu era boa para escrever, para falar, eu sabia me expressar, me comunicar e tinha muito que mostrar e passar para pessoas o que experimentei na minha vida, tanto de bom quanto de ruim. Dei-me conta de que eu poderia transformar meu processo de superação da depressão em um meio de ajudar outras pessoas. Daí fui fazer um curso para palestrante, de oratória, virei colunista de jornais virtuais aqui da minha região e aos poucos fui resgatando minha autoestima e potencialidades.

Consegui entender, com meu processo de autoconhecimento, que nossa maior dor pode se tornar nosso maior propósito e realização na vida e profissionalmente. O dia que descobri isso foi um dia de profunda gratidão e entendimento da razão porque passei por tudo que passei. Dei-me conta de que o que temos de melhor está na nossa história, naquilo que nos tornamos a partir da nossa história familiar por mais dolorosa que ela possa ter sido. Chegar a este grau de consciência é um presente porque passamos a amar aquilo se transformou na nossa maior força. Hoje eu conto e reconto minha história com respeito e orgulho porque foi por causa dela que eu me transformei na pessoa que eu me orgulho hoje.

O que eu aprendi com isso? Eu aprendi que nossa grande e primeira missão, quando decidimos trabalhar com pessoas, é trabalhar dentro de nós mesmos. Precisamos nos conhecer, nos desvendar para nos tornarmos verdadeiramente hábeis na arte de ajudar na evolução pessoal de alguém. Aprendi que aquilo que a gente mais detesta tem um sentido para nós, por mais difícil que seja esta constatação. Aprendi também que não adianta fugirmos do nosso passado se nele houver pendências que precisam ser reconhecidas e ressignificadas. Aprendi também que nossa história é nossa maior certeza assim como a morte também é, e que podemos aproveitar muito melhor nossa vida quando amamos aquilo que somos a partir daquilo que fomos.

Até a próxima.

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