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Cientistas podem ter encontrado uma ligação entre autismo e proteínas no sangue, de acordo com um novo estudo da Universidade de Warwick, no Reino Unido. Publicada no periódico Molecular Autism, a pesquisa tem como principal expectativa ajudar as crianças a receberem tratamento e acompanhamento adequado com antecedência.

Isso porque a ampla gama de sintomas e distúrbios do espectro autista (ASD, na sigla em inglês) é, muitas vezes, difícil de ser identificada em estágio inicial.

A equipe, liderada pela docente de Biologia Experimental Naila Rabbani, criou um teste para identificar proteínas danificadas no organismo – por meio de exames de urina e sangue. “A descoberta pode levar a um diagnóstico precoce e intervenções”, informou a cientista em comunicado oficial.

Para os testes, foram retiradas amostras de sangue e urina de 38 crianças diagnosticadas com autismo, juntamente com um grupo de controle de 31 sem a condição. Todas entre 5 a 12 anos de idade. A equipe britânica trabalhou em conjunto com pesquisadores da Universidade de Bolonha, na Itália, local onde as análises foram feitas.

Após exames, os especialistas descobriram que as crianças com ASD apresentaram níveis mais elevados de uma substância chamada “ditrosina de oxidação (DT)” e certos compostos modificados com açúcar, denominados “produtos finais de glicação avançada (AGEs)”. A taxa de acerto para detectar o autismo foi de 90%.

Apesar dos bons resultados, os pesquisadores observaram uma necessidade de realizar mais testes com outros grupos de crianças.

Com isso, seria possível confirmar o alto índice de diagnóstico, além de avaliar se o teste poderia identificar o ASD em estágios ainda mais precoces.

“Com mais pesquisas, será possível revelar perfis específicos de urina ou compostos com modificações danosas. Isso pode ajudar a melhorar o diagnóstico de autismo e apontar novas causas dele”, declarou a docente Naila Rabbani.

Os transtornos do espectro autista afetam principalmente a interação e a comunicação social.

Os sintomas incluem distúrbios de fala, comportamento repetitivo e/ou compulsivo, além de hiperatividade, ansiedade e dificuldade na adaptação a novos ambientes e rotinas.

Por: Vida Diária/A Tarde.

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