As aplicações que podemos ter nos celulares e tabletes, hoje em dia, vão desde as coisas, digamos mais fúteis, até as cruciais para o nosso cotidiano. Nestas últimas semanas tenho tentado demonstrar isso. Esmiuçando melhor o que quero dizer. Na tela do seu aparelho você pode ter joguinhos , que até podem ser considerados inúteis, mas que no momento em que você estiver na fila de um banco ou esperando para ser atendido no consultório com 15 pessoas na sua frente e o médico que ainda nem chegou, vão acabar “aliviando” o estresse ou simplesmente fazendo o tempo não parecer tão angustiante. Na tela do seu celular ainda pode ter a agenda que ajeita sua vida com lembretes sobre os compromissos que não podem, jamais, ser esquecidos ou funções que ajudam a “rastrear” crianças e adolescentes que não gostam muito de responder a famosa pergunta “onde você estava rapazinho/mocinha?”.
Por que estou relembrando isso aos caros leitores? Por uma questão simples e importante de segurança. Não podemos esquecer que, a depender do app que temos no aparelho, a nossa vida está dentro desse programinha. Quem aí usa o aplicativo de um banco, por exemplo? Hoje isso é muitíssimo comum. Ir à agência é quase coisa do passado. Pelo aplicativo você movimenta sua conta, apenas deslizando os dedinhos na tela. Sua vida financeira está ali naquele aplicativo.
Erb, você está me assustando! Não é essa a intenção. A proposta aqui é que você não deixe de lado a desconfiança. No caso dos bancos, as instituições financeiras gastam enormes cifras com a segurança dessa tecnologia. São os bancos que têm que oferecer o serviço com a maior garantia possível, senão é processo na certa e, se o problema for de falta de segurança do aplicativo, você vai ganhar a briga na justiça. A questão toda é a falta de cuidado da sua parte. Um amigo que usava o aplicativo de um banco, para fazer todas as transações dele e da empresa, teve um problemão. Num dia, ele recebeu um “inocente” e-mail pedindo que se “atualizasse” o app da determinada agência. Sem pestanejar, ele clicou e proliferou um vírus no tablet que acabou roubando os dados da conta dele e da empresa e o acesso eletrônico ao banco. Muitos aplicativos pedem dados, senhas, informações pessoais e aí pode estar o problema. Se o programa não for confiável, já era, amigo. A primeira coisa que você precisa ter em mente é não usar os programinhas fora das lojinhas (Apple Store para os aparelhos da Apple e Google Play para os aparelhos com Android). Os celulares já até vêm com um esquema de segurança que não autoriza você a baixar qualquer programinha que não seja dessas duas lojas. O problema todo é que, na internet, existem vários tutoriais ensinando como burlar isso, e é muito fácil mesmo com apenas alguns cliques. Aí você me agradece e chega à conclusão: então, basta baixar aplicativos dessas lojinhas e pronto, estou seguro? Não é bem assim. De acordo com a publicação da Norton by Symantec (empresa mundial de segurança virtual), A Google, por exemplo, está constantemente eliminando aplicativos fraudulentos do mercado do Android, como antivírus, navegadores e jogos falsificados. A coisa é tão séria que tem gente criando um aplicativo com uma marca muito parecida da Netflix, por exemplo, para que você entre lá e coloque o número do seu cartão de crédito ou débito, entre outros dados, quando você compra o acesso a essa empresa online de transmissão de filmes e séries de TV. Em tempos de saque das contas inativas do FGTS e ENEM, a mesma coisa. Criminosos criam um aplicativo “com jeito de santinho”, registram nas lojas oficiais, e até que as pessoas desconfiem, já lesaram muita gente.
A palavra é VI-GI-LÂN-CIA. Desconfie sempre do aplicativo.
Um exemplo e a dica de hoje; a Justiça do Trabalho tem uma ferramenta que se chama JTe. O aplicativo é um canal de negociação direta entre empregados e empregadores que permite a construção de minutas de acordo, antes mesmo do momento da audiência. O Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) será o primeiro tribunal do país a usar o aplicativo Justiça do Trabalho Eletrônica (JTe) durante a Semana Nacional da Conciliação Trabalhista que ocorrerá de 22 a 26 de maio em todo país. O aplicativo já é utilizado pelos TRTs do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. O Banco do Brasil já cadastrou cerca de 50 processos para conciliação pelo aplicativo durante o mutirão, por facilitar a negociação entre as partes. Toda negociação pela ferramenta é monitorada pelo TRT, para garantir a segurança para as partes. Como eu sei que este é um aplicativo sério? Primeiro, porque traz informações transparentes. Quem desenvolve é a própria Justiça do Trabalho que ainda oferece um e-mail ([email protected]) para que você possa tirar as dúvidas, além da informação sobre o site do desenvolvedor (http://www.trt5.jus.br/).
Em qualquer situação, a prudência manda esclarecer todas as dúvidas antes de entregar sua vida ao aplicativo que é uma maravilhosa ferramenta se bem utilizada.
Erb Aguiar – [email protected]
Com informações da Secom TRT5-BA (Lázaro Britto)
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