Nós moradores do Condomínio Monte Serrat II nos manifestamos, por meio desta carta, denunciar as fragilidades a que estamos submetidos por conta de uma gestão ineficiente, que se nega a dialogar de forma efetiva e ser transparente com os condôminos. Motivados pelas propagandas divulgadas nas redes sociais e materiais de marketing da incorporadora Mont Serrat Imobiliária e Mineração Ltda, que prometiam parque infantil, quadra poliesportiva, área de lazer, portaria 24 horas, quiosques, guarita, segurança e tranquilidade para os moradores, resolvemos investir na compra de nossas casas aqui. No entanto, as promessas não se cumpriram e nos demos conta de que desde 2014, prazo em estipulado para finalização das obras, estamos sendo ludibriados.

Apesar das propagandas venderem a ideia de um condomínio fechado, desde o ano 2014, este só foi criado de direito em dezembro de 2018, por decisão judicial, e ainda com uma série de pendências e irregularidades. A primeira grande irregularidade foi a criação de uma associação sem o conhecimento e adesão dos moradores, passando a emitir boletos e cobrar taxas como se já fosse um condomínio regulamentado. Para justificar tal ato, a incorporadora Mont Serrat Imobiliária e Mineração Ltda alegou a existência de um impedimento impetrado pelo Ministério Público que proibia o registro de condomínios de lote. Entretanto, os moradores, ao investigarem a situação por meio da contratação de uma assessoria jurídica especializada, descobriram que a impossibilidade de realizar o registro se deu por conta das obras de infraestrutura não estarem concluídas e da incorporadora não ter o documento da prefeitura comprovando a estrutura prometida.

 

Outra irregularidade diz respeito à pseudoeleição de uma equipe gestora sem a presença dos condôminos e tendo como membros da diretoria e do conselho fiscal familiares dos donos da incorporadora, construtores e até um prefeito da região. Vale ressaltar que os moradores não foram convocados sequer para a assembleia ou tiveram conhecimento de que ela aconteceria. Sendo assim, o processo eleitoral e assunção da gestão que administra o condomínio não respeitou os trâmites legais previstos pelas leis vigentes. Nenhum dos membros da atual diretoria residem no condomínio. Atualmente apenas temos contato como secretário com quem registramos as nossas insatisfações e cobranças. Quanto ao síndico, queremos ressaltar que esse age de forma truculenta e intransigente, não estabelecendo nenhum diálogo civilizado com os moradores. Além disso, o referido senhor se utiliza das redes sociais para expor de forma vexatória e ameaçar os condôminos quanto ao pagamento das taxas de condomínio, mesmo quando esse ainda era associação. Vale destacar, que a obrigatoriedade de pagamento de uma taxa de associação só poderia se dar mediante anuência dos moradores ao se associarem, tendo ainda a prerrogativa de solicitar o desligamento da mesma a qualquer momento.

Diante do exposto, queremos ressaltar que estamos reféns de uma diretoria que não nos representa e não mantém um diálogo eficaz. Para além disso, apesar da constante cobrança dos moradores, nunca nos foi apresentado o regimento do condomínio e nenhuma reunião com os condôminos jamais foi marcada por parte do síndico. Nos encontramos numa situação vulnerável e de completa insegurança o que destoa da proposta de se morar num condomínio. Afinal, várias casas foram furtadas, algumas obras prometidas, como quadra, parque, quiosque, guarita, ainda não saíram do papel. Não há também a garantia de um serviço de segurança efetivo, uma vez que as invasões às casas continuam ocorrendo e nenhuma resposta é dada quanto aos furtos e nem ao menos sabemos se eles estão sendo investigados.

Registramos o nosso repúdio a toda a situação que estamos vivenciando e solicitamos que a diretoria tome as devidas providências para cumprir as promessas da incorporadora Mont Serrat Imobiliária e Mineração Ltda. Na oportunidade, alertamos aos possíveis investidores do Condomínio Mont Serrat III que fiquem atentos para que não caiam na mesma armadilha que nós.

 

Por: Vida Diária / Ascom