O Brasil ultrapassou na última sexta-feira, 17, a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025. De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, foram contabilizados 1.019.033 casos desde o início do ano. Até o momento, a doença provocou 681 mortes confirmadas, enquanto outros 714 óbitos ainda estão sob investigação.
Apesar do número expressivo, o cenário é consideravelmente menos grave do que o registrado no mesmo período de 2024. No ano passado, até a 15ª semana epidemiológica, o país já somava mais de 4 milhões de casos (4.013.746), além de 3.809 mortes confirmadas.
O coeficiente de incidência da dengue reflete essa mudança: em 2025, o índice é de 479,4 casos a cada 100 mil habitantes. No ano anterior, era de 1.888,1 — quase quatro vezes maior.
O levantamento do Ministério da Saúde mostra que 55% dos casos prováveis foram registrados entre mulheres, enquanto os homens representam 45% das ocorrências.
São Paulo lidera em número de casos e incidência
Entre os Estados, São Paulo lidera com folga tanto em número absoluto quanto em incidência. Até agora, são 590.850 casos prováveis e um índice de 1.285,2 casos por 100 mil habitantes. O Acre aparece na segunda posição em incidência, com 888,6 casos por 100 mil habitantes e um total de 7.825 casos.
Minas Gerais figura em segundo lugar em números absolutos, com 111.096 casos registrados.
Um levantamento feito com 97 hospitais privados entre 25 de março e 7 de abril aponta que 89% dessas unidades de saúde observaram aumento na procura por atendimentos relacionados à dengue. Em 76% dos casos, houve crescimento nas internações em UTIs, com 79% dos hospitais relatando uma média de permanência entre cinco e dez dias nas unidades de terapia intensiva.
Diante do avanço da doença, o Ministério da Saúde ampliou para 312 o número de municípios considerados prioritários no combate à dengue, em 21 Estados.
"Distribuímos seis milhões de testes rápidos, além de insumos para diagnóstico laboratorial e controle do vetor. Já foram realizados mais de 650 mil exames pelos LACENs [Laboratórios Centrais de Saúde Pública] com apoio do ministério. E onde houver necessidade, a Força Nacional do SUS será acionada", afirmou em nota Mariângela Simão, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente.
Uma das apostas para o enfrentamento da dengue nos próximos anos é a vacina nacional desenvolvida pelo Instituto Butantan. Anunciada em fevereiro, a produção da vacina será feita em parceria com a empresa chinesa WuXi Biologics e prevê a oferta de mais de 60 milhões de doses por ano a partir de 2026. O investimento estimado é de R$ 1,26 bilhão.
Por: Vida Diária/BES
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