As crianças gritam pedindo a atenção dos pais. Profissionais alertam para jogo que envolve automutilação e suicídio entre adolescentes. Eles são atraídos através de mensagens nas redes sociais e WhatsApp por pessoas desconhecidas. Uma forma de identificá-los é a hashtag #i_am_whale e fotos de baleia azul nos perfis. Ao longo do jogo, são dadas 50 tarefas aos participantes.
Um jogo perigoso está viralizando na internet e preocupando pais de adolescentes. O “Desafio da Baleia Azul”, ou “Blue Whale”, começou em 2016, na Rússia e já chegou ao Brasil, podendo ser, inclusive, o responsável pela morte de uma estudante de 16 anos nesta semana, no Mato Grosso do Sul.
Entenda como funciona:
O jogo consiste na realização de 50 desafios, sendo um por dia. As tarefas são passadas por um responsável que eles chamam de ‘curador’ e os adolescentes devem provar que as realizaram. Até aí, parece tudo bem, mas na lista do que fazer, estão atividades de automutilação e que colocam a vida dos jovens em risco, sendo o último, uma ordem para que o participante tire a própria vida.
Os adolescentes são atraídos através de mensagens nas redes sociais e WhatsApp por pessoas desconhecidas. Uma forma de identificá-los é a hashtag #i_am_whale e fotos de baleia azul nos perfis, que fazem parte de uma das etapas do desafio. Para a psicóloga Angelita Scardua, os pais precisam ficar mais atentos e ter mais participação na vida dos filhos, procurando saber o que fazem e com quem estão.
“É um jogo que requer que a pessoa fique conectada durante 50 dias recebendo instruções e cumprindo desafios. Se um jovem passa esse tempo conectado e ninguém vê isso, tem uma preocupação do ponto de vista psicológico. Quem são os responsáveis e o que eles estão fazendo que não veem isso? É preciso ficar atento, conversar, procurar saber porque ficam na internet, o que estão vendo”, alerta.
A especialista afirma ainda que muitos responsáveis não conhecem os próprios filhos e isso é um grave problema. “A maioria dos pais não sabem dos filhos que têm e às vezes acham que conhecem porque criaram desde bebês. No entanto, quando o filho começa a conviver com outras pessoas, ele vai descobrindo outras coisas a partir de um momento já não tem mais relação com aquilo que os pais entendem e assim eles vão se distanciando”, explica.
Já para os jovens, a psicóloga reforça a importância de procurar ajuda, independente de quem seja. Segundo ela, é preciso pensar sobre o que está vivendo e tentar mudar o que for necessário. “Para os adolescentes e crianças, eu diria que se você tá achando que a vida virtual vale mais a pena do que a concreta, talvez seja a hora de parar e pensar sobre o que está vivendo e buscar uma forma de tornar isso melhor. Em jogos como esse você deixa um desconhecido controlar a sua vida, então é preciso parar e se perguntar: por que eu vou me submeter a isso?”, conclui.
Vários internautas estão fazendo alertas nas redes sociais para o desafio. Um tenente coronel da Polícia Militar da Paraíba fez uma postagem em sua rede social afirmando que em João Pessoa já há diligências para averiguar denúncia de que crianças de uma escola da zona sul já teriam se mutilado em decorrência do pacto. É preciso vigiar.
Por: Vida Diária/Bispo Eli Reis
Foto: Reprodução/Facebook
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