Os talentos dos estudantes da rede estadual de ensino estão sendo apresentados em grande estilo na Arena Fonte Nova. São produções artísticas, culturais e científicas desenvolvidas por eles nas escolas dos 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTEs), ao longo do ano letivo de 2023. Trata-se do Encontro Estudantil da Rede Estadual de Educação – Ciência, Tecnologia, Cultura e Artes, que foi aberto nesta terça-feira (12), reunindo mais de três mil pessoas, entre estudantes, educadores, gestores e trabalhadores da Educação de toda a Bahia.
O evento conta com mais de mil projetos finalistas, selecionados nas etapas escolar e territorial, que estão expostos em stands distribuídos em cinco níveis do estádio, assim como em três auditórios e num palco montado no gramado da arena, onde vão acontecer apresentações teatrais, musicais, além de canto e vídeos.

Na abertura oficial do evento, o vice-governador Geraldo Junior, ao lado da secretária da Educação da Bahia (SEC), Adélia Pinheiro; do secretário da Cultura (Secult), Bruno Monteiro; e da chefe de gabinete da SEC, Rowenna Brito, ressaltou a importância do evento, da troca de experiência entre os jovens, da interação entre a inovação, tecnologia, cultura e arte. “Aqui hoje, neste evento, temos um encontro de mais de três mil estudantes, com as ações transversais de governo, entendendo da qualificação e especialização, qualidade, acolhimento e, acima de tudo, que a Educação é um eixo que transforma a vida das pessoas”, ressaltou.

Primeiro dia – Logo pela manhã, a fanfarra do Colégio Estadual Reitor Miguel Calmon, do município de Simões Filho, junto com o Zé Gotinha, recepcionou quem chegava ao encontro, dando uma pequena mostra do clima de confraternização que deve nortear os três dias de evento, que em seu primeiro dia contou ainda com exposições de 162 projetos científicos e tecnológicos de grande alcance social, desenvolvidos durante a 11a. Feira de Ciências, Empreendedorismo Social e Inovação da Bahia (Feciba).


As estudantes Lara Santos, Mariane da Silva Santos e Mirela Rodrigues da Silva, do Colégio Estadual de Casa Nova, localizado no município do mesmo nome, apresentaram a pomada cicatrizante de baixo custo e a base de plantas encontradas com facilidade na região, como o pião manso, faveleiro e casca de banana. “Nossas ancestrais, como minha vó Marina Francisca, não tinham condições de recorrer aos medicamentos das farmácias e, por isso, recorriam às plantas da Caatinga. A partir desse saber popular, que vem sendo passado pelas famílias há gerações, resolvemos nos aprofundar mais nas pesquisas e desenvolvemos essa pomada cicatrizante”, contou.

Segundo a professora Andréa Araújo, orientadora das estudantes, com a busca do conhecimento é possível para o aluno produzir algo novo, unindo o conhecimento familiar, ancestral com a pesquisa científica. “Esse encontro é uma oportunidade única. Elas estão vindo da zona rural de Casa Nova para apresentar o trabalho na capital. A partir deste momento, elas passam a ser outras pessoas. Vão voltar com novas mentes e ideias. A Educação e a Ciência transformam a sociedade”, ressaltou.

Por: Vida Diária/O Sollo

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