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O Ministério do Meio Ambiente, através da portaria nº 161, de 20 de abril de 2017, revogou a decisão de proibir a venda do guaiamum. Apesar disso, a portaria nº 445 de 17 de dezembro de 2014 estará em vigor em 30 de abril de 2018, proibindo a captura e comercialização do animal e outras 14 espécies aquáticas.

Conversamos com o comerciante Marcelo Nogueira Souza, proprietário da Arena Guaiamum, em Teixeira de Freitas, e ele comentou como essa proibição seria prejudicial para o comércio e cultura local. “Seria um grande prejuízo, pois nossa região, nosso litoral, depende muito da pesca e comercialização do guaiamum”, disse.

Ele ainda falou que não é contra a preservação, mas os métodos de proibição deveriam ser feitos de outras formas. O guaiamum não tem período de defeso, que é um período que proíbe a captura de frutos do mar como lagosta e caranguejo para reprodução. Há o período de desova que é no final do mês de maio a junho, e esse período deveria ser respeitado, sugeriu o comerciante.

O proprietário da Arena Guaiamum ainda disse que “é uma cultura que temos em Teixeira de comer guaiamum”. Há, na cidade, mais de 10 restaurantes que trabalham com essa culinária. A decisão do Ministério ainda seria ruim para os catadores de guaiamum, que correriam o risco de passar por necessidades financeiras, mesmo porque, a maioria deles só sabe fazer isso, enfatizou Marcelo, que acredita que bastaria haver um processo de conscientização com as pessoas que fazem a captura de forma irregular.

Segundo ele, em nossa região não existe perigo de extinção do guaiamum.  O levantamento que os pesquisadores do Ministério do Meio Ambiente fizeram não inclui a Bahia. “Temos guaiamum aqui para mais de trinta anos”, falou Marcelo.

O preço do guaiamum varia de acordo com o tamanho.  O comerciante informou que, por ser um animal que depende do habitat para sobreviver, eles têm um índice de mortalidade muito grande, isso porque eles não conseguem sobreviver em cativeiro.

“É necessário uma lei que não proíba, mas que crie critérios para a captura, isso para que nunca venhamos a correr riscos com a extinção”, finalizou Marcelo, mostrando o quanto é importante a preservação, mas que também são importantes a culinária e o comércio desse animal.

 

Por Vida Diária/ Petrina Nunes

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