Mais de 140 ocorrências de caça irregular são registradas em florestas da Suzano, na Bahia e Espírito Santo

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos a partir do eucalipto, possui um canal direto e gratuito de denúncias em áreas florestais, o programa Guardiões da Floresta, que tem por objetivo, tratar com o apoio das comunidades vizinhas, ações contra o meio ambiente. Um dos temas tratados é a prevenção da caça ilegal, crime ambiental que teve 143 ocorrências em áreas florestais da Suzano no Espírito Santo e na Bahia, em 2024. Apesar de ser um número expressivo – 14 acontecimentos por mês – o resultado indica uma drástica e comemorada redução, já que no ano anterior foram contabilizados 409 casos de caça a animais, uma média de 34 por mês.

“Basicamente, o número que tivemos em 2023 está relacionado a uma mudança de metodologia de monitoramento e coleta de dados, o que foi suficiente para entendermos de forma mais assertiva o problema. Então, comparando com este ano, o reflexo é altamente positivo e demonstra uma redução significativa, muito graças à percepção do caçador de que sua atividade foi identificada. “Quando nosso time localiza e desmonta uma armadilha, o caçador volta, percebe nossa intervenção e não retorna àquela área, pois sabe que está sendo monitorado e isso representa um risco para ele ser autuado em flagrante pelo crime ambiental de caça”, explica Lucio Flavio Gracino, coordenador Corporativo de Inteligência Patrimonial da Suzano.

A Suzano tem compromisso estabelecido com a preservação e restauração ambiental, atuando de forma integrada com instituições especializadas no combate a queimadas e buscando contribuir com a proteção do patrimônio natural brasileiro, incluindo a fauna. Em relação à caça irregular, a empresa se mantém forte no enfrentamento do crime, o que inclui o monitoramento ostensivo, ações operacionais e atuação preventiva em educação ambiental, como é o caso das abordagens dos guardiões junto às comunidades locais. Só em 2024, já foram realizadas 346 abordagens em regiões estratégicas capixabas e baianas, impactando e conscientizando mais de 650 pessoas, somente quanto ao tema da prática ilegal de caça.

Ação de conscientização da Suzano inclui a distribuição de panfleto do Guardiões da Floresta em comunidades vizinhas

Entrando na operação de campo, quando as equipes identificam ocorrências deste gênero, promovem as devidas tratativas, tais como o acionamento policial, a desmobilização de armadilhas ou perigos eminentes e o recolhimento de artefatos de caça, dentre outras, que podem incluir, por exemplo, o resgate de um animal capturado e sua reintrodução em seu habitat natural. Do total de ocorrências identificadas, 95% tiveram tratativas classificadas como de resolução imediata, tendo em vista que são intervenções que impedem que a captura do animal se concretize. Rodrigo Pimentel, Coordenador de Inteligência Patrimonial da Suzano na Bahia, explica o motivo da alta taxa de resolução imediata e as particularidades da identificação e tratativa destes casos.

“O acionamento policial é feito nos casos em que há o flagrante do caçador ou envolve arma de fogo. Então, por protocolo de operação, acionamos a polícia imediatamente para tomar as ações cabíveis. Mas o mais comum é encontrarmos ali um poleiro, gaiolas, armadilhas ou outros artefatos de caça. Então fazemos a desmobilização ou recolhimento e isso impede que o animal seja capturado posteriormente, frustrando a prática ilegal. A depender do artefato, recolhemos e entregamos ao órgão competente, como o IBAMA ou Polícia Ambiental. Nos demais casos, descartamos internamente da forma correta”, finalizou.

Tatu é o principal alvo de caçadores

O tatu é a espécie animal mais cobiçada pelos caçadores capixabas e baianos. A fim de ser utilizado como alimento, o pequenino mamífero costuma ser encontrado em armadilhas durante as ocorrências captadas pela equipe de vigilância florestal da Suzano. Segundo o time operacional da empresa, outros animais que sofrem constantes ameaças são o quati, a capivara, a paca, a corça e o lagarto. Também é possível considerar que 80% dos casos de caça são para consumo, já os outros 20% são para comercialização.

“São raros os casos em que identificamos algum animal aprisionado ou surpreendido pelo artefato que o caçador usa. Nessas situações, ou o time faz a liberação do animal, então desfaz ali a armadilha e reintroduz o animal na natureza, ou quando tem algum tipo de ferimento, o time de campo consulta a gestão operacional da unidade para o direcionamento de como proceder, já que a Suzano possui estreito relacionamento com órgãos ambientais que normalmente dão suporte ao recolhimento, tratamento e reintrodução destes animais. Um lugar que utilizamos muito para entrega dos animais capturados é o Projeto Sereias, em Aracruz”, explica Arilson Siqueira, Coordenador de Inteligência Patrimonial da Suzano no Espírito Santo.

Como realizar uma denúncia?

Com o objetivo de centralizar e agilizar o recebimento de informações cruciais da população sobre ocorrências em áreas florestais, tais como incêndios (principal problema reportado), furto de madeira, caça e pesca predatórias, além de invasões de terras, o Guardiões da Floresta pode ser acionado gratuitamente por telefone ou WhatsApp, por meio do número 0800-203-0000. O canal funciona 24 horas por dia e recebe denúncias de possíveis crimes patrimoniais ou ambientais nas áreas florestais da empresa, sempre garantindo total anonimato do denunciante.

 

Por: Vida Diária/ Edson Sodré

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