A comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) 150/2021) instaurada pela Câmara Municipal para apurar supostas irregularidades em locação de veículos pela Prefeitura de Mucuri, dentre elas a famosa Kombi Amarela, convocou uma entrevista coletiva para a tarde desta sexta-feira (29/10) no plenário do Poder Legislativo. O objetivo seria esclarecimentos sobre os andamentos da comissão processante, mas o que observou, por parte dos membros da CPI, foi um emaranhado de desinformação, fator que acabou gerando ainda mais questionamentos por parte da população a respeito da condução desta comissão processante por parte dos vereadores.

 

Conforme os vereadores que compõem a comissão processante, Dhow da Divisa (PROS) presidente da comissão, Willian Crisma (REPUBLICANOS) relator e Xandão Seixas (PSC) secretário da comissão, eles não tinham nada para falar pois ainda não conseguiram ouvir o prefeito Robertinho, o principal denunciado na CPI. O curioso desta coletiva foi que por muitas vezes os mesmos vereadores afirmaram ter concluído parte das investigações e que tinham de posse da comissão uma defesa prévia do prefeito, mas que mesmo assim não tinham nada para falar, exceto pedir ajuda da população para localizar o senhor prefeito, cuja atitude demonstra falta de seriedade na investigação e evidenciou apenas manobra política objetivando algo, como registra o histórico do comportamento ao longo dos últimos anos daquele parlamento, onde os interesses da população estão sempre em último plano, como se pode comprovar ao assistir a referida entrevista coletiva nos canais eletrônicos da própria Câmara.

 

Precipitação, amadorismo, falta de assessoria ou criar um fato político, qualquer uma dessas observações ou todas elas. Essa foi a percepção dos presentes no plenário da Câmara Municipal e dos que acompanhavam a coletiva no plenário ou pelo Youtube e Fecebook e Rádio 3 Corações FM, fazendo gerar no município uma outra pergunta: quais as reais fundamentações para a instauração da comissão processante? Ao serem questionados por nossa reportagem sobre o que a comissão tinha para apresentar, o vereador Xandão Seixas (PSC) foi bem objetivo: Não temos muito! – Até porque, é sabido que se tratou de um equívoco da empresa prestadora de serviço no município ainda lá no mês de fevereiro, quando forneceu a placa de um veículo errado e em março, se corrigiu para do veículo correto, ou seja, foi um erro sanável e não houve prejuízo ao erário público.

 

Muito se esperava desta entrevista coletiva, na tarde desta sexta-feira, 29, mas que muito bem poderia ser uma sexta-feira 13, pelo menos para os vereadores que tiveram uma tarde de filme de terror. O que foi projetado para ser uma ação de transparência da CPI se revelou um verdadeiro “tiro no pé”. Para o bem dos fatos e sem prejuízos a respeito da boa-fé dos membros da comissão, o que ficou posto é que por hora a comissão processante bate cabeça, vaga meio que sem rumo e evita perguntas objetivas como culpabilidade do prefeito, robustez do material já colhido e o quanto avançadas as investigações estão. A impressão que fica é que a CPI da Kombi Amarela está com o combustível adulterado!

 

Por: Vida Diária/Notícia10

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