O projeto de monitoramento integrado de biodiversidade da Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, em parceria com a Veracel Celulose, identificou uma espécie de árvore até então desconhecida da ciência na região do sul da Bahia. A Tocoyena atlantica, que ainda não possui nome popular, é da mesma família do jenipapo e do café e teve sua descoberta publicada neste mês em um artigo científico na revista especializada Phytotaxa. O documento é assinado por Rodrigo L. Borges, Paulo Henrique Gaem e Nádia Roque, botânicos associados a universidades e à Casa da Floresta Ambiental, parceira da Suzano no trabalho de monitoramento de biodiversidade.
A espécie, até então desconhecida, foi localizada na área de alto valor de conservação (AAVC) Bloco 34, uma das 69 AAVCs conservadas e protegidas pela Suzano, que totaliza 58 mil hectares. Na região que engloba os estados da Bahia, do Espírito Santo e de Minas Gerais, onde a Suzano mantém trabalhos de monitoramento integrado de biodiversidade em parceria com a Veracel, são mantidas 27 AAVCs e um total de 19,5 mil hectares.
“Temos mais de 4.500 espécies de fauna e flora identificadas em nosso monitoramento e agora incluímos essa nova espécie a essa lista. Essa descoberta reforça que nosso monitoramento é altamente eficaz e que nosso manejo promove a conservação das áreas naturais”, afirma Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto da Suzano. “Infelizmente essa espécie já chega ao conhecimento da ciência ameaçada de extinção, em virtude da ocorrência geográfica restrita, mas a conservação dessas áreas garantirá que ela possa ser estudada e melhor compreendida a partir de agora”, completa a analista de meio ambiente.
A Tocoyena atlantica pode medir entre 5 e 8 metros de altura, possui flores com um amarelo vívido e tem sua floração entre outubro e dezembro. Ela foi encontrada na campanha de monitoramento de 2019 e desde então passou por pesquisas para confirmar sua identificação. Certificado de que se tratava de uma nova espécie para a ciência, tornou-se tema do artigo “A new species of Tocoyena (Rubiaceae, Gardenieae) from the Brazilian Atlantic Forest”.
A análise de espécies nativas nas áreas de conservação da Suzano é realizada há décadas e deve alcançar um novo patamar a partir de estudos a serem conduzidos pela academia. A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), por exemplo, já formalizou parceria com a Suzano para estudar a biodiversidade nas AAVCs da região.
A Suzano possui aproximadamente 1 milhão de hectares de áreas destinadas à conservação, ou seja, quase 40% de sua área total de pouco mais de 2,2 milhões de hectares.
Por: Vida Diária/Ascom
Foto: Júlio Henrique Ribeiro Magalhães_Casa da Floresta
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