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Série Pioneirismos em Teixeira

Neste mês em que comemoram-se os 32 anos de emancipação política de Teixeira de Freitas o Vida Diária homenageia alguns dos pioneiros em diversos segmentos importantes para a história política, comercial e cultural da cidade.

Não poderia faltar a história daqueles que enterram histórias: os trabalhadores do ramo funerário. Manuel Messias de Souza, conhecido por ‘Paíto’, foi um dos pioneiros na região. Ele instalou em Teixeira de Freitas a Funerária Anjos da Guarda, na década de 90, quando aqui chegou com a família, e há 22 anos mantém o comércio no ramo.

Paíto nasceu em Camacan (BA), filho de Marialda Dias e Pedro Souza, é casado e tem três filhos. Ele sempre teve um perfil empreendedor. Teve lanchonete e outros comércios, mas se fixou no ramo funerário. Não foi o primeiro da família a ter sucesso nessa área, sendo que, seu irmão, Antolino Neto, também é do ramo funerário no extremo sul baiano.

Ele explicou como os mortos eram tratados quando ele chegou à cidade. “Naquela época Teixeira não tinha IML e os corpos iam todos para Itamaraju”. Além disso, havia problemas financeiros, pois nem todas as famílias podiam pagar pelo serviço de translado: “eu removia os que podiam e os que não podiam pagar”, contou Paíto, orgulhoso pelo trabalho social que sempre desempenhou.

Foto de arquivo pessoal; década de 90

Quando ele chegou, também estava se implantando outra funerária (a Teixeira de Freitas). Depois disso, surgiram outras e hoje Teixeira tem seis funerárias, todas atendem a cidade e região.

Paíto ainda lembrou que, quando ele se instalou na cidade, o cemitério localizado na Av. São Paulo já estava lotado. "O cemitério do bairro Nova Teixeira já existia e foi ampliado na gestão do ex-prefeito Padre Apparecido", disse Paíto.

Teixeira tinha uma fama de ser muito violenta, “naquela época a quantidade de crimes era até maior do que hoje”, ressaltou Manuel Messias, “hoje os crimes estão menores e é interessante que a cidade se mantenha em calma”, disse.

O público de Paíto sempre foi amplo. A clientela de pessoas humildes foi sempre maior desde o começo do comércio e ele buscou ajudar dando um serviço de qualidade neste momento de dor. Apesar das disputas comerciais que acontecem em qualquer ramo, os clientes de Paíto, especialmente os mais antigos na cidade, reconhecem nele um altruísmo em relação à população carente.

“Quando eu cheguei em Teixeira de Freitas, não tinha o bairro Colina Verde, o Caminho do Mar e outros tantos bairros e distritos, eu vi essa cidade crescer e fico feliz com isso”, disse emocionado Paíto, com a caminhada da cidade e, consequentemente, com sua própria caminhada. “Gosto muito dessa cidade, sou feliz aqui, gosto muito daqui”, finalizou.

 

Por Vida Diária/ Petrina Nunes

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