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Fotos: Andressa Lima

Durante as sessões da Câmara Municipal, dos dias 19 e 26 de abril, os trabalhadores que passaram no concurso da Prefeitura Municipal de Teixeira de Freitas em 2016 fizeram um protesto por terem sido convocados, mas impedidos de tomarem posse e trabalhar. Na última sessão (dia 26), eles levaram sacos com pesos de 20 kg e 40 kg para chamarem a atenção dos edis.

Na sessão do dia 19 estiveram presentes cerca de 10 concursados, no dia 26, mais de 20, e prometeram continuar indo até que a situação deles seja esclarecida. Eles não quiseram falar seus nomes durante entrevista. Um deles informou que a empresa que realizou a aplicação das provas foi o Instituto Brasileiro de Educação e Gestão (IBEG) para o preenchimento de 40 vagas imediatas, porém, apenas dois operários tomaram posse e estão trabalhando.

O concurso foi para diversos cargos, dentre eles, operários, pedreiros, motoristas. Além da prova escrita teve a “prova física que foi uma prova cruel, em que as mulheres carregaram peso de 20 kg em um percurso de 125 metros, eram cinco sacos para ir e buscar, e os homens eram um peso de 40 kg”, em 3 minutos, informou um dos trabalhadores.

“Estamos em busca de um trabalho que foi conquistado”, alertaram. Houve a convocação dos trabalhadores e depois os advogados da Prefeitura alegaram que era ilegal, pelo fato deles terem sido convocados em período eletivo. “O prefeito não nos dá nenhuma posição, esse é o problema, estamos sem saber o que irá acontecer com a gente”, disse uma das concursadas.

“Nós não estamos pedindo favor pra eles, nós estamos apenas querendo nossos direitos”, falou uma concursada revoltada com a situação. Segunda ela, houve a convocação de contratados para as mesmas áreas que realizaram o concurso.

A vereadora Erlita Freitas afirmou que foram contratadas, este ano, 838 pessoas para serviços temporários. “É um direito desses trabalhadores que estudaram e passaram no concurso”, disse a vereadora, sobre a não convocação dos profissionais concursados.

Erlita ainda atenta ao fato que muitos políticos “ficam colocando culpa na gestão passada, mas agora é uma responsabilidade da atual gestão”. Ela chamou todos os colegas edis para entrarem na causa. “Temos alguns setores que dizem não estar funcionando por que não têm trabalhadores, não têm serviços gerais, não têm operadores, não têm motoristas”, disse a vereadora, indagando o fato de preferirem não chamar os trabalhadores.

Durante a sessão do dia 26, muitos vereadores ficaram exaltados com essa situação, mas foi dito que está agendada uma reunião interna para esclarecimento sobre quando serão realizadas as contratações desses profissionais.

Procuramos o secretário de Administração do município, o senhor João Carlos Vieira da Silva, que disse que não poderia falar com a imprensa. A Assessoria de Imprensa do Município informou ter conhecimento sobre a situação e que os advogados responsáveis tomaram medidas cabíveis. Na semana passada, os assessores ainda ficaram de analisar a situação junto ao secretário de administração e enviarem uma nota a imprensa. Até o fechamento desta matéria, não foi enviado nenhuma nota sobre esse assunto.

Por Vida Diária/ Petrina Nunes

Fotos: Andressa Lima

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