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Professor Molar novamente no Vida Diária! Agora com crônicas do cotidiano. 

Ah, o amor...

Desde a carta a Coríntios já se sabia que o amor era benigno e paciente, o poeta português Camões há muitos séculos expressava em versos: “Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer”, já o poeta brasileiro Vinícius de Moraes preferia expressar que o amor é “infinito enquanto dure”

São tantas as formas de se amar e de traduzi-las, amor de casal, de pai para filho, dos avós para os netos, amor ao próximo, amor platônico, amor que dura dias mas que parecem décadas, amor que dura décadas que parecem séculos.

O amor entre um casal não sei ao certo se a tudo resiste, mas até chegar à desistência aguenta muita coisa, como classificar quem foi a pessoa mais amada? Difícil, o tempo não ajuda nessa tarefa, a intensidade também não, afinal, não é uma corrida, mas um sentimento. E por ser um sentimento, prefiro apelar a Carlos Drumond de Andrade que disse com sua sabedoria que o eterno pode durar poucos segundos, mas marca sua vida, assim é o amor, não o amor possessivo, o amor passional ou o amor violento, isso aliás, nem amor é; a posse é oposição ao amor.

Faço referencia ao amor benigno, ainda que benigno deixa saudades, uma pontinha de nostalgia, aquela música quando toca, um filme aleatório que se assiste e páaa....lá vem a pessoa na sua cabeça, que pode estar ao seu lado, a 2000 kms ou, até mesmo, em outro plano astral. Ademais, se deixa saudades é porque foram marcantes os momentos vividos: um bom dia, uma festa, suportar um amigo ou amiga chata por causa da pessoa amada, as loucuras amorosas, enfim, o amor é belo porque não sabemos quando ele chega tão pouco quando e se vai embora

Muitas vezes, nosso maior amor não /foi a pessoa com quem dividimos nossa vida, outros já tiveram essa sorte, a vida só é vida porque ela é única enquanto vivência, os sabores e dissabores individuais é o que chamamos de nossa história. E acreditem, mesmo quando uma relação termina, o amor pode ser tão forte que será eterno. Finalizo trazendo um trecho da música One and only (Primeira e única), que entre os medos, insucessos e sucessos sempre possamos buscar o amor, seja lá de que forma for e como for: “Eu não sei por que eu estou com medo/Porque eu já estive aqui antes/Cada sentimento, cada palavra/Já imaginei isso tudo/Você nunca saberá se nunca tentar/Esqueça o seu passado e simplesmente tente (...)”.

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