Teixeira de Freitas: Na manhã desta sexta-feira (15) estudantes e professores das escolas municipais Manoel Cardoso Neto e Geni Abutrabe estiveram em frente à Câmara Municipal para uma manifestação pacífica, reivindicando a suspensão do remanejamento de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) para outras escolas da cidade, a fim de fechar 03 escolas no período noturno.
Para que os gastos do município estejam em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), a gestão atual tem feito cortes nos setores públicos. A lei determina que o máximo permitido com a folha de pagamento é de 54%, para isso, é preciso reduzir os gastos com pessoal, pois, os recursos para investir no município só podem ser liberados pelo Governo Federal e também financiamentos oficiais, se a prefeitura estiver dentro do limite estabelecido. De acordo com os manifestantes, o município, na tentativa de ajustar seu orçamento, está fazendo cortes nas despesas, por esse motivo, a Secretaria de Educação solicitou que os alunos do EJA dessas escolas sejam transferidos, remanejados para outras escolas, para eliminar os gastos atuais.
De acordo com os professores, os perfis dos alunos da EJA são na maioria, trabalhadores, desempregados, dona de casa, jovens, idosos, um público diferenciado. “Já são fragilizados por todas as mazelas sociais, por isso, muitos desistem do curso, retornam depois de um tempo, faltam às aulas por diversos problemas. O município vê isso como um mau investimento, disponibilizar professores, funcionários, a estrutura da escola no período noturno para esses alunos. Porém, no meio do semestre letivo, decidiram fazer um remanejamento com o intuito de fechar 3 escolas, Manoel Cardoso Neto, Geni Abutrabe e Raquel de Queiroz, para reunir esses alunos num único espaço, numa única escola, afim de eliminar as despesas provenientes dessas escolas”, explica a professora, que preferiu não ser identificada.
Para o vereador Jonathan Molar, presente na manifestação, o momento dessa transferência traz grandes prejuízos à educação dos alunos. “Faltam apenas 3 meses para o fim do ano letivo, por que não deixar os alunos nas escolas de origem, que são mais próximas de suas casas, até o fim do semestre, e, para o início do ano letivo de 2018, convoquem as escolas, discutam a questão e decidam em conjunto, quais escolas irão manter a EJA. Esse corte agora irá gerar evasão dos alunos, que já superam vários impedimentos para estarem dentro da sala de aula”, finaliza o vereador.
A equipe do Vida Diária conversou com o Secretário de Educação, Hermon Freitas, o qual afirmou que está tomando as devidas providências para que os alunos não sejam prejudicados. De acordo com o secretário, não há como manter turmas com tão poucos alunos.
Por Vida Diária: Andressa Lima.
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