Caros Leitores,

hoje teremos um breve diálogo sobre as relações humanas, um tema um tanto curioso e reflexivo, pois bem, quando ouvimos através de programas e jornais vários tipos de situações que envolvem comportamentos inadequados, ou seja, antissociais, entre outros, os quais constantemente ocorrem no cotidiano de nossa sociedade, e invadem nossos lares, não percebemos ou não sabíamos que a criança inicia sua formação a partir do nascimento. Os primeiros anos de vida de uma criança são decisivos para a construção de sua personalidade.

Neste período de formação são delineadas as principais características psíquicas, a partir da relação da criança com os pais. Em especial com a mãe, cabe destacar sua importância e influência no relacionamento, além do convívio com avós, tios e amigos da família, bem como no contexto social, os quais influenciarão sim, em sua conduta, escolhas e em suas determinações comportamentais na sua vida, e em qualquer lugar que conviva.

Em consultório ocorre constantemente questionamento acerca de comportamento de seu filho, o qual a escola está tendo dificuldades em saber lidar com a demanda situacional, pois bem, quando uma criança ou adolescente apresenta algum tipo de comportamento, diante de pessoas externas à família, logo, a mesma ratifica dizendo que puxou ao comportamento e característica do pai ou da mãe, ainda, que herdou dos avós, quando apresenta uma posição agressiva ou inadequada, novamente tende a ser validado por se parecer com a personalidade de alguém da família.

Porém, dentro deste mesmo contexto, provavelmente a criança esteja justificando a posição familiar e isto pode suprir as necessidades momentâneas desta criança, e se não estivermos atentos, consequentemente acarretará sérios prejuízos à formação da personalidade, ou seja, sérios prejuízos de convivência social, familiar e no cotidiano escolar.

Entendo que é preciso estimular o desenvolvimento de habilidades e potencialidades desde os primeiros anos de vida. Costumo desenvolver atividades que potencialize o cognitivo, a motivação, o diálogo e a convivência, tendo em vista que a personalidade trata-se de um conjunto de características na interação com o meio social. Devemos estar atentos às modificações comportamentais, pois, as escolhas durante a formação na vida serão questões pessoais e nada terá a ver com a personalidade de um ou de outro membro familiar.

Desse modo, costumo relatar que a qualidade das relações humanas provavelmente venha a favorecer a formação psicológica, tornando-se responsáveis pelas suas escolhas e aprendizado constante, estimulando sua autoestima, na construção de sua personalidade, com base em elevado amor próprio e independência.

Muitos Pais questionam o que devem fazer, então, para que o filho tenha comportamento adequado com colegas e professores. Sugiro a eles o seguinte: devem sempre orientar, escutar e dar limites, assim eles terão a possibilidade de expressar suas emoções: alegria, afeto, tristeza, medo, angústia, felicidade e raiva, ser o mais autênticos diante de várias situações cotidianas. Se a criança for levada a reprimir suas emoções, é provável que desenvolva uma personalidade deficitária, neurótica, tensa, além da probabilidade de desenvolver um pânico, ansiedade e depressão, entre outros.

Por fim, quero dizer que este tema é longo, questionador, reflexivo e instigador, porém hoje apenas relatei pequenos tópicos, ao se tratar em estudos e autores sobre o tema, são vários olhares acerca desta temática, mas, entendemos que nascemos com uma genética predefinida sim, mas nos moldamos no decorrer da vida, de acordo com o contexto que está inserido, em síntese, são escolhas pessoais. Obrigada !!!

 

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Dilce Assunção, Psicóloga Clínica  CRP 07/17173

Mestra em Biociências e Reabilitação

Mestra em Educação em Ciências