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Só se vive uma vez, já diz o ditado popular há algum tempo. Ao menos que a gente se recorde de maneira científica, só se vive um vez de fato, para além das discussões religiosas, metafísicas e pessoais, afinal, religião é como futebol, cada um tem a sua e não vamos ficar aqui discutindo isso. Voltando ao início, já que só se vive uma vez, hoje estou falando de vida e de morte.

Já sei, você deve estar achando que eu fiquei maluco! De vida e de morte? Sim, meu amigo e minha amiga! Pois, para morrer basta estar vivo, eu preciso viver para que a morte me alcance, não só a mim, bem como, a todos nós. Parece óbvio, mas pouco lembramos disso, preferimos olhar a morte como uma grande vilã com a capa e a foice correndo atrás da gente. Claro, não sei como é morrer e espero descobrir isso daqui a muito tempo, te desejo o mesmo, sei também, que a saudade fica, as lagrimas caem e nosso apego à matéria, ao corpo físico nos deixa triste com a morte de alguém, ainda mais se for uma pessoa querida.

A morte também é uma sujeita bem sem noção, a pessoa planejou o almoço de amanhã, pedir a menina em casamento, mês que vêm iria viajar, ano que vêm iria investir na empresa; o outro, faria uma mudança radical de vida, iria emagrecer, daqui três meses o filho nasce...chega amanhã e pumba! Cai bate a cabeça e nada mais existe, anda na rua, tropeça e pimba lá vem o caminhão! A roupa fica no varal, o computador desligado, a moça não será mais a esposa e a viagem mudou de rumo. Eita sujeitinha inconveniente essa morte!

Oscar Niemayer afirmava que a morte era um sopro, para ele um longo sopro de mais de 100 anos de idade, para outros é um espirro, de meses, poucos anos, poucas décadas. E mesmo com tanta incerteza, e viver é isso em todos os seus aspectos, continuamos nos sentindo fortes, seguros e planejando os próximos 50 anos! Somos humanos, obvio, e por sermos humanos nossas crenças e certezas, mesmo sendo incertas, nos fazer pensar assim, até porque, caso contrário, ficaríamos deitados na cama com medo de sair e aquela sujeita inconveniente chamada morte nos pegar; porém, também não adianta viu, pois, também se morre dormindo!

Alguns talvez estejam pensando, credo Jonathan Molar, que fatalismo você hoje! Pelo contrário, estou querendo dizer a você: viva! Viva e seja feliz a seu modo, pois, não sabemos quando nossa vida terrena acabará....sejam 100 anos ou 20 anos pela frente, viva!! Busque seus sonhos, se não estiver feliz, mude suas metas, a rota do seu destino. Já que a morte chegará a todos que na minha lápide espero que esteja escrito: fiz o quis, fui feliz, fiz gente feliz, pode levar porque nesse mundo muito já sorri!

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