A Suzano Papel e Celulose, na manhã desta quarta-feira (22), em comemoração ao Dia Mundial da Água, realizou em parceria com a The Nature Conservancy (TNC), o lançamento do projeto “Vem com a gente espalhar essa semente” na cidade de Mucuri (BA). O evento aconteceu no entorno da unidade industrial da Suzano. Convidados plantaram mudas de vegetais nativos para marcar o início das ações. Estiveram presentes cerca de cem pessoas, entre elas, representantes do poder público da região, imprensa local e colaboradores da empresa.

O gerente executivo de sustentabilidade da Suzano, Alexandre Di Ciero, explicou que, “na verdade, é um projeto de médio e longo prazo, porque a gente vai trabalhar com uma questão de restauração das principais nascentes do nosso rio, tão importante, o rio Mucuri”, sendo que a principal bacia fica em três municípios de Minas Gerais e é por lá que se iniciou o projeto.

A empresa está fazendo um diagnóstico das áreas para saber como será a restauração. Por isso, “fica difícil precisar quantas serão as mudas, mas nos últimos dois anos a Suzano plantou 500 mil mudas, e até 2022 a expectativa é plantar mais de 4 milhões de mudas, fora esse projeto”, disse Alexandre. O gerente ainda disse que, aquela área é de recarga e há varias espécies nativas no local. A parceria para que esse projeto venha se concretizar foi feita com a The Nature Conservancy (TNC), mas a empresa busca outras parcerias para que a cultura de recuperação seja perpetuada e multiplicada.

Fernando Santa Marta, vice-prefeito de Mucuri, vê de forma positiva a presença da Suzano na cidade, quanto à geração de emprego e renda e visibilidade para a cidade no cenário mundial. Além disso, “estamos vendo que ela [Suzano] está preocupada com a preservação ambiental”, ressaltou o vice-prefeito. “Hoje há uma crise hídrica nacional e internacional, e a gente fica muito satisfeito e seguro, até porque realmente teremos um futuro promissor com uma empresa como a Suzano”, disse Fernando.

Também esteve presente no evento o promotor de justiça regional ambiental Fábio Correia que lembrou que algumas cidades como Itanhém, Ibirapuã, Lajedão, sofreram mais com a crise hídrica que tem se instalado em nossa região, porém, mais cedo ou mais tarde, ela irá afetar a todos. “Quando se fala em falta de água, as pessoas, às vezes, não conseguem fazer a ligação de que a falta de água está diretamente ligada à falta de florestas, então, a partir do momento em que se restauram áreas de preservação permanente, que são os cursos d’água, as nascentes, os lagos, nós temos um ganho da água, e não só de quantidade, mas da sua qualidade”, explicou o promotor.

Projetos, como o da Suzano, são um grande passo para a preservação das florestas e das águas, apesar de ser um gasto muito alto no investimento, em longo prazo, traz benefício a todos, inclusive para proprietários rurais que podem fazer compromisso em preservação e ganhar parcerias para ajudar o meio ambiente, já que, o novo Código Ambiental exige essa adequação por parte do produtor rural e já há um projeto de monitoramento das áreas preservadas, finalizou Fábio.

As próximas etapas da parceria da Suzano Papel e Celulose com a The Nature Conservancy envolvem outras três ações de restauração no segundo semestre. Além disso, a empresa desenvolverá com a Atados, plataforma social que conecta pessoas e organizações para facilitar o engajamento nas mais diversas possibilidades de voluntariado, um projeto de educação socioambiental em escolas da rede pública de ensino da região.

 

Por: Vida Diária/ Mirian Ferreira/ Petrina Nunes

Fotos: Nadson Camargo