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Semana passada, fiz um post nas redes sociais, cuja legenda, dizia assim: “Parem de romantizar o amor... se tá doendo, se tá trazendo ansiedade, não é amor.”

Eis que alguém respondeu ao meu post, da seguinte forma: “ou o amor não é tão bonito assim, como pensam.”

E eu então, me pus a pensar sobre isso, “ou o amor não é tão bonito assim, como pensam...”, em todas a versões mitológicas gregas sobre a origem do universo, o deus do amor, ou ainda o próprio amor, Eros, lá estava. Em todas a versões que conheço, Eros é o que possibilita a vida, nada haveria, sem a presença do amor, nem mesmo, o seu oposto.

O mundo é dual, e o amor, embora um deus primordial e portanto, de fundamental importância para tudo que é manifesto, ele só existe, porque existe aqui, neste espaço, entre os céus e a terra, reinando entre os mortais. Assim sendo, o amor é dual, como tudo. De um lado, Eros é divino, generoso, fraterno, companheiro, gratuito, mútuo, incondicional, ardente, ardiloso, de outro; mesquinho, egoísta, medíocre, hostil, frio, caprichoso. E em nenhum momento ele deixa de ser Eros. Ele é o que é. E isso não o torna feio. Não há nada que possa se opor a força de Eros, ele é força cósmica, independente de em qual polo ele se manifeste.

Seguindo esta linha de pensamento, não importa muito se o amor é bonito. O que importa de fato, é o que este amor, independente de como ele se apresenta, age na sua vida.

Não importa aqui em qual dos pólos é o amor que você experiencia, o que importa é o quanto esse amor te impulsiona pro mundo, é o quanto Eros nesta relação cumpre sua missão de unir, misturar e multiplicar (à tudo e a todos, inclusive a si).

Se o Eros, estiver em potência, não há como ser feio, mas pode sim ser doloroso, sofrido e conflitante.

Neste caso, preciso retificar a minha afirmativa alí em cima e dizer quê, talvez, “esteja doendo, esteja trazendo ansiedade, e sim, seja amor”; e que tá tudo bem não saber bem o que fazer com esse sentimento tão avassalador.

Algumas vezes a gente ama quem não deveria, ama de um jeito torto, ama errado, mas ainda assim, é amor. Outras vezes a gente ama certo, a pessoa certa, mas ainda não estamos preparados pra vivenciar o amor. Ou ainda, a outra pessoa não entende e jamais será capaz de entender o amor que transbordamos, e assim, incapaz de aceita-lo. E ainda assim, é amor.

Porém, faço aqui uma ressalva, se a dor for muito intensa, se o sofrimento é maior que qualquer parte boa, se há mais choro que alegria, se não há reciprocidade, e acima de tudo, se há qualquer tipo de violência, vale pensar se este amor vale a pena.

 

Rafhaelli Aparecida Cao

Psicóloga CRP 03\19129

Bacharel em Psicologia (Pitágoras)

Pós-graduanda em: Psicologia Sexual (FDA)

Agendamentos pelo telefone : 73 999883272

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