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Décio Bessa, Celso Kallarrari e Adriana Batista

Os professores doutores Celso Kallarrari e Décio Bessa, ambos docentes da Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação Campus X, de Teixeira de Freitas, conversaram com o Vida Diária sobre dois livros organizados por eles e por outros professores, que foram resultados de dois Seminários de Linguística e Ensino de Língua Portuguesa (SELELP).

O livro Linguística e Ensino de Língua Portuguesa, de 2014, publicado pela editora Opção, foi organizado pelos professores: Adriana Santos Batista, Aline Maria dos Santos Pereira e Celso Kallarrari. Reúne trabalhos de: Valdir Heitor Barzoto, José Pereira da Silva, José Roberto de Andrade, Ademar Bogo, Helânia Thomazine Porto Veronez, Juciene Silva de Souza Nascimento, Renato Pereira Aurélio, Almi Costa dos Santos Junior e Diano Conceição Batista, além dos trabalhos dos organizadores.

O livro Estudos Linguísticos e Formação Docente, de 2016, publicado pela editora Pontes, foi organizado pelos professores: Celso Kallarrari, Décio Bessa e Aline Santos Pereira. Reúne trabalhos de: José Pereira da Silva, Celso Kallarari, José Roberto Andrade, Cleide Emília Faye Pedrosa, Cristhiane Ferreguett, Décio Bessa, Valdete da Macena Pardinho, Josinéa Amparo Rocha Cristal e Renato Pereira Aurélio.

O professor Celso falou “o livro reúne professores da casa e professores de outras universidades, e também, na primeira edição, teve a colaboração de dois alunos do campus X”. Ele informou que o Selelp iniciou em 2013 e, devido ao sucesso do evento, os professores resolveram publicar alguns trabalhos, tanto de palestras, quanto de mesas redondas.

Mas há trabalhos, na primeira edição, que foram transcrições de palestras. Celso explicou que “para alguns autores que vieram e fizeram a palestra, e tem a vida acadêmica mais atarefada, alguns alunos monitores fizeram a transcrição do texto oral, que depois passou por uma correção do próprio professor que realizou a palestra, que fez suas ponderações, e o texto ficou para a publicação”.

Décio ressaltou as diversas contribuições de professores de outras universidades, como a professora Cleide (da Universidade Federal de Sergipe e também da Federal do Rio Grande do Norte), que tratou da Análise Crítica do Discurso e a proposta da corrente nacional. O professor José Pereira (da Universidade Estadual do Rio de Janeiro) que falou do papel dos estudos filológicos e linguísticos nos cursos de Letras.

Em relação à segunda edição, também teve a contribuição do professor Celso Kallarrari (UNEB) com estudos da Crítica Textual e da Linguística para tratar da glossolalia (o falar em línguas). O professor José Roberto (Instituto Federal Baiano - IFBA) falou da importância da oralidade para o povo Guarani, além de outras questões culturais desses povos indígenas. Cristhiane (UNEB) tratou da teoria bakhitiniana ao abordar o dialogismo nas relações interacionais de comunicação.

A professora Valdete e a professora Josinéa (ambas da UNEB) fizeram um estudo sobre a nasalidade da vogal (i) no início das palavras no extremo sul da Bahia. O professor Renato Aurélio (da Universidade Federal do Espírito Santo) ressaltou a aplicabilidade dos trabalhos linguísticos em sala de aula ao tratar dos gêneros discursivos e dialogismos no trabalho com o jornal escolar. Décio (UNEB) também tem um capítulo tratando da história e perspectivas da Análise de Discurso Crítica.

Os livros têm um público alvo variado, desde os alunos do curso de Letras, a interessados nos estudos da Linguística. “Para pessoas da área de comunicação, para quem está fazendo graduação, mestrado e doutorado há capítulos que vão interessar, no que envolve os estudos da Linguagem”, explicou Décio. Indiretamente, pessoas de outros cursos que querem aprimorar o conhecimento textual.

As pesquisas Linguísticas no campus X estão há anos trazendo trabalhos inovadores e formando professores mais qualificados para investigarem e tratarem dessa ciência. Como Marta Aguiar, que foi orientada por Décio na Iniciação Científica quando era graduanda em Letras, com pesquisa acerca do Discurso e Situação de Rua, e continuou no caminho da pesquisa e hoje é Mestre na área.

Segundo o professor, com pesquisas de iniciação cientifica “os alunos começam a se envolver mais com a Universidade. Não é aquela Universidade que você senta, ouve uma aula, faz uma prova, entrega o TCC e vai embora”, ou seja, eles são inseridos no mundo do ensino, pesquisa e extensão e têm o posicionamento de pesquisador ao longo da carreira.

Não há previsão para a próxima realização do Selelp. Isso porque a falta de apoio financeiro atrapalha o planejamento. Mas os professores lutam para que seja realizado ainda esse ano, “a situação no país para incentivo a ciência e a pesquisa tem vivido uma situação calamitosa, um olhar equivocado em relação a investimento”, finalizou Décio.

 

Por Vida Diária/ Petrina Nunes

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