Felizmente chegamos a quinta semana descrevendo as 5 feridas emocionais. Nesta semana vou falar da injustiça. Quando criança, a pessoa que vive esta ferida sente-se injustiçada por não poder expressar sua individualidade tal qual ela é, por não conseguir ser ela mesma. Provavelmente são pessoas que sofreram com o autoritarismo dos pais, as críticas frequentes, a intolerância e severidade. De um modo geral são pais que sofreram da mesma ferida.
A máscara desenvolvida é a da rigidez. Esta máscara faz com que a pessoa se distancia de seu sentimento, é como uma proteção para que a pessoa se esquive e se mantenha longe de suas emoções. O que não significa que elas não tenham sentimentos, tem e muito, mas não querem mostrar de jeito algum. Por isso, são tachados de frios e insensíveis.
O indivíduo rígido procura a justiça e a correção através do perfeccionismo. Procura se afastar dos problemas e mesmo que tenha muitos prefere dizer que está tudo bem e que não os tem. São pessoas bastante otimistas. Fazem o possível para resolver seus problemas sozinhos e dificilmente pedem ajuda.
Na hora de receber algo se certificam de que realmente mereçam, pois seu senso de justiça só permitirá que se sinta merecedor se o que ele fez foi digno de ter recebido, ou seja, se ele teve uma boa performance ele se sentirá com mérito em receber algo se não, ele fará de tudo para perder o que recebeu.
Possuem um medo enorme de errar. Ao em vez de tentarem aprender com a situação eles se preocupam em saber se fizeram certo. Este medo de não ser perfeito faz com que estas pessoas rígidas se coloquem em situações que terão de fazer difíceis escolhas. São pessoas tão preocupadas em serem perfeitos e exigem tanto de si mesmas que os outros acabam exigindo muito delas também.
As pessoas que tem a ferida da injustiça são muito mais injustas consigo mesmas do que com qualquer outra pessoa.
É preciso ressaltar que todos nós temos em maior ou menor grau um pouco de cada ferida emocional. O que vai determinar se uma pessoa é uma coisa ou outra é a intensidade destas características. Por outro lado, devemos ter muito cuidado para não nos deixarmos levar por estas características exclusivamente porque, afinal, somos muito mais do isso. Não possuímos apenas feridas, possuímos boas experiências, uma alma, um espírito, uma mente que faz com que sejamos únicos.
Meu intuito com a descrição destas feridas é enfatizar que todos nós tivemos problemas e dificuldades emocionais e que todas elas dependeram de como nós a internalizamos. Cada um é um e percebe o mundo a sua maneira. Achar que nossa história não nos impactou de alguma forma é ingenuidade e achar que somos o que somos por causa dela também não nos trará paz. O que precisamos é aprender extrair o melhor da nossa história, aprendendo a sermos melhores para nós mesmos e para os outros. Não devemos negar e nem cultuar nossa história, mas sim aprender com ela.
Até a próxima!
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Por: Vida Diária /Cristina Castro.
Acompanhe as matérias da série "As cinco feridas da alma":
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