Muitas mulheres se dizem co-dependentes ou ainda dependentes emocionalmente de alguém, usando esses termos como sinônimos. Saibam que não são. Muito embora o co-dependente necessite do dependente pra existir, eles em nada tem a ver em significado com o outro.
Calma! Vou explicar melhor isso.
Dependente emocional
Como já disse o poeta, Jonh Donne, “nenhum homem é uma ilha”, logo, é natural que sejamos ligados emocionalmente a outras pessoas. Amigos, parentes, colegas, conhecidos, de algum modo, nos ligamos às pessoas, a algumas mais que outras, e isso é absolutamente natural.
Todos precisamos de uma conexão emocional verdadeira com o entorno desde mais tenra idade para crescermos seguros, amados, autoconfiantes, capaz e emocionalmente saudáveis.
Assim, nos preparando para a manutenção das relações de forma funcional. A conexão emocional e recíproca nos completa enquanto seres.
No entanto, existem alguns de nós que por algum motivo, a chavinha dessa conexão verdadeira, lá na infância não foi ligada, e trouxe características opostas às citadas acima, portanto, no momento que se afinizam, e se ligam emocionalmente a alguém, o fazem de forma a tentar suprir esse vazio deixado e com isso, passam a depender dessa pessoa quase que como uma droga.
A pessoa nesta condição, busca este senso de segurança (que todos deveríamos ter dentro de nós) fora, no outro; fazendo dele (que pode ser o marido, o filho, o namorado, o pai, a mãe, a avó, enfim, qualquer pessoa) o centro do seu mundo.
O dependente, aponta seu senso de direção pra fora, ele não respeita a si, às suas vontades, à sua essência. Tudo gira em torno do ser “amado”, daquele ao qual ele acredita não conseguir viver sem.
E essa forma disfuncional de viver as relações leva a uma experiência pautada na desconfiança, sacrifício, sentimento de culpa, medo, vergonha, insatisfação. Dessa forma, o dependente só sente que a relação pode ser verdadeira, quando:
Recebe a aprovação de terceiros, correspondendo às expectativas dos outros, mesmo que para isso ele se torne quem querem que ele seja;
Faz os outros se sentirem bem;
Diz “sim” a tudo e a todos;
Está na companhia dos outros ou de quem é importante para ele e com isso se sente completo;
Alguém precisa dele, pra que ele se sinta indispensável;
O seu mérito precisa ser reconhecido para com isso se sentir validado o tempo todo;
Ou seja, o dependente só é capaz de se concentrar na própria vida e nos seus próprios projetos quando os seus relacionamentos estão indo bem, e para ir bem, ele precisa estar dentro das expectativas que ele pensa que criaram sobre ele. Imagina que exaustivo viver assim.
Se você se identifica com essas características e sente dependente a ponto de sufocar a própria individualidade e achar que não consegui enfrentar a vida sem o outro. Procure ajuda profissional. Um psicólogo pode te ajudar e contribuir para o processo de conquista da sua independência emocional. Acredite: fazer terapia é libertador!
Rafhaelli Aparecida Cao
Psicóloga CRP 03\19129
Bacharel em Psicologia (Pitágoras)
Pós-graduanda em: Psicologia Sexual (FDA)
Agendamentos pelo telefone : 73 999883272
Sigam lá no instagram: @adoravel_psyque
Dúvidas e\ou sugestões no e-mail: [email protected]
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