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A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12% no trimestre encerrado em janeiro, acima dos 11,7% registrados no período encerrado em outubro pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento representou a entrada de 318 mil pessoas na população desocupada. Ao todo, 12,7 milhões de pessoas estavam desempregadas no período. 

Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a queda na taxa de ocupação no mês de janeiro é normal, por causa do fim de contratos de trabalhadores temporários, por exemplo.  Porém, Cimar destaca que este trimestre fechado em janeiro foi menos favorável que os mesmos períodos de 2018 e 2017.

Já a categoria dos trabalhadores por conta própria cresceu 1,2% na comparação com o trimestre anterior (23,9 milhões de pessoas), o que significa um aumento de 291 mil pessoas neste contingente.

Por outro lado, caíram os empregados do setor privado sem carteira assinada (-321 mil pessoas, de um total de 11,3 milhões) e os trabalhadores do setor público caíram 1,8% (11,5 milhões). Enquanto isso, os empregados do setor privado com carteira assinada permaneceram estáveis (32,9 milhões), assim como os trabalhadores domésticos (6,2 milhões).

“Tivemos queda no contingente de empregados do setor privado e no setor público. No primeiro, isso atingiu, principalmente, os trabalhadores sem carteira assinada. Apesar disso, a informalidade aumenta ainda mais, com influência do crescimento dos trabalhadores por conta própria”, diz Cimar.

Enquanto isso, o grupo de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas (6,8 milhões) e na força de trabalho potencial (8 milhões), assim como as desalentadas (4,7 milhões), apresentaram estabilidade em relação ao trimestre anterior.  Já a população fora da força de trabalho aumentou em 403 mil pessoas, somando 65,5 milhões no trimestre fechado em janeiro.

 

Rendimentos sobem

Já o rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em 2.270 reais, o que representou crescimento de 1,4% em relação ao trimestre anterior, quando esse valor era de 2.240 reais.

“Houve aumento significativo no rendimento, mas esse aumento não se traduz em aumento na massa de rendimento, de 205 bilhões de reais, que se manteve estável, porque também houve queda na população ocupada. Isso pode ter sido causado por uma queda na ocupação justamente entre os trabalhadores de remuneração mais baixa, o que justificaria isso”, conclui Cimar.

 

Por: Vida Diária / Veja

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