Outro dia eu estava deitada em minha cama com meu filho caçula de 10 anos quando ele disse: “mãe, o caminho da vida é a morte!”, eu olhei para ele meio assustada, e perguntei o que ele queria dizer com isso, a resposta dele foi que "a vida seria sem sentido se ninguém morresse". Fiquei chocada!
Não porque não havia sentido em suas palavras, ao contrário, mas pelo total sentido e profundidade do tema para alguém na idade dele. Por outro lado, pensei… Quem disse que uma criança de 10 anos não tem percepção e profundidade da vida?! Talvez eles tenham até mais do que nós, se partirmos do princípio de que os adultos se tornam tão endurecidos, vivendo no piloto automático, que muitas vezes nos impedem de ouvir o que as crianças estão dizendo por estarem tão desconectadas de uma percepção mais sensível da vida.
Eu tive que concordar com ele, se pensarmos no que realmente dá sentido às nossas vidas. Já pensou se tivéssemos certeza de que viveríamos para sempre, simplesmente não faríamos mais nada na vida, para quê, ela não vai acabar, então qualquer hora é hora de fazer ou não alguma coisa. Meu filho disse que a vida seria muito sem graça se fosse assim. Eu disse a ele que o sentido da vida está no fato de que vamos morrer um dia. Ele concordou.
Talvez essa sensação de urgência inconsciente por saber que vamos morrer um dia faz com que busquemos realização, faz com que lutemos por algo para que possamos deixar como um legado. Infelizmente, paramos pouco para pensar nesta temporalidade da vida. Quem sabe não seja esse modo superficial de ver a vida que faz com que a tratemos com pouco cuidado, com pouca profundidade.
Gastamos tanto tempo deixando as coisas para depois, gastamos horas na frente da televisão ou do celular sem pensarmos que poderíamos estar mais próximos de alguém que amamos, ou fazendo uma gentileza para alguém, ou nos dedicando aos nossos sonhos, àquilo que queremos alcançar. Perdemos tanto tempo deixando de realizar coisas por medo do desconhecido, por medo de arriscar algo maior e melhor. Gastamos tanto tempo reclamando, lamentando, criticando, perdendo um tempo que poderia ter sido preenchido com coisas nobres e ricas não só para nós, mas também para outra pessoa.
Quero desafiar você a responder algumas perguntas:
Na sua vida, o que mais importa para você?
Pelo o que você acorda todos os dias?
O que tira você da cama todos os dias?
Pode ser pela sua saúde, pela sua família, pela obrigação ou pelo amor ao seu trabalho. Qual o sentido ou o significado que seu trabalho tem para você?
Você o faz por obrigação, porque tem que ser feito, por dinheiro ou você está onde realmente quer estar?
Você trabalha naquilo que ama?
Você trabalha pela sua família?
Trabalha para se sentir realizado, ou para ganhar dinheiro?
E o dinheiro, qual o significado que ele tem para você?
Se você tivesse dinheiro o que ele te proporcionaria?
Se você já tem dinheiro, o que ele tem significado para você?
Agora imagine se você recebesse uma notícia que teria apenas uma semana de vida, o que você faria?
O que é mais importante para você diante desta notícia? Família, liberdade, paz, amizade, relacionamento, individualidade? Se você tivesse apenas uma semana de vida, com quem você gostaria de estar? ou O que você gostaria de dizer para alguém? Você teria alguém para perdoar ou pedir perdão? Você teria alguém para dizer “eu te amo”, e “o quanto alguém é importante para você", embora você nunca tenha dito antes? Tem alguém pela qual você é grato e nunca disse abertamente?
Qual o sentido que você tem dado à sua vida?
Agora imagine que você já tenha morrido. O que as pessoas próximas dizem sobre você no seu velório? Qual a história que você quer que digam sobre você? Que aspecto de sua vida você gostaria de ser lembrado? Você sente orgulho pelo que você construiu? Você sente orgulho pela pessoa que você foi? Olhando para o que foi a sua vida, o que você aprendeu enquanto estava vivo? O que a vida tentou te ensinar? O que você fez de bom, de útil, de inesquecível para seus familiares, para seus amigos e colegas de trabalho?
Se você quer experimentar algo novo e incrível na sua vida, convido você a pegar agora o telefone e ligar para alguém que você foi muito grato, talvez alguém que tenha feito um favor mas que te ajudou muito na época, ou uma palavra que foi dita por alguém e que te ajudou. Pode ser sua mãe, seu pai, seu filho, seu irmão, ou um amigo, não sei qualquer pessoa que você achar que merece sua gratidão. Posso garantir a você que será um momento muito especial para ambos. Além do mais, a gratidão é um dos principais requisitos na construção da felicidade.
Aprendemos tanto a sermos doloridos, sofridos e lamentadores que esquecemos de pequenas gentilezas, mas geradoras de grandes emoções. Faça isso e depois me conte o que sentiu e fez sentir.
Até a próxima.
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Por: Vida Diária/Cristina Castro.
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