Na semana passada, falamos aqui, sobre dependência emocional, e dissemos que dependência e codependência são diferentes entre si, embora um necessite do outro para existir e nos dois casos o sujeito direciona o foco para fora de si, ou seja, a realização estaria sempre na aceitação do outro.
Então, bora entender um pouquinho sobre essa tal codependência.
O termo codependente surgiu primeiramente para se referir a família de dependentes químicos lá pelo anos 70, 80. Hoje, o termo é usado para qualquer um que demonstre dependência emocional para com dependentes, e\ou com transtornos graves de personalidade e de conduta.
Vou citar alguns exemplos pra ficar claro de quem estamos falando. Sabe aquela senhora, que tem um marido que bebe e por conta do vício não fica em emprego algum, não ajuda em casa, em dados momentos até vende aquilo que ela conseguiu com seu esforço, para beber mais? E a senhorinha, quando questionada por alguém, minimiza os problemas, ou ainda esconde que há problemas nessa relação, por medo de ficar só, ou ainda por medo de ser rechaçada por ele, por achar que de alguma forma não conseguiria viver sem o marido.
Ou ainda, sabe aquela mulher que vive um relacionamento abusivo, que o marido ou namorado, vigia o celular, marca hora pra chegar em casa, impede de ter amigos e até afasta da família? Então, essas mulheres são codependentes emocionais. Elas suportam o insuportável por que imaginam que sem aquele sujeito, não conseguiriam seguir a vida.
O codependente vive em função do dependente, responsabilizando-se pelo seu bem estar, nem que para isso ele necessite assumir a responsabilidade pelos atos dele. Forma-se assim, uma relação disfuncional, onde o codependente, vive a vida do outro, para resolver as questões e trazer bem estar para o outro. Entrando assim numa dinâmica de auto-anulação e auto-abandono, que muito provavelmente o levará a um processo depressivo ou de ansiedade crônica.
Agora, você deve estar se perguntando: mas porque alguém vive desse jeito?
O codependente, normalmente tem autoestima baixa, e só se sente valorizado quando tolera, cuida, resolve os problemas dos outros; ou porque temem perder o amor do outro, ou porque precisam da aprovação dos que os cercam. Por isso, estão sempre disponíveis a ajudar, buscando essa validação constante de que vale a pena serem amados. Mas também é justo ressaltar que se mostrando sempre solícito e devotado, há algum ganho, e com isso, o codependente mostra sua outra face, a do controle e do egoísmo, demonstrando assim, um padrão de relacionamento inadequado, que por medo de perder sua muleta emocional, se baseia em atos de servidão para assim manter o controle sobre o outro e dessa forma traz malefícios para própria saúde psíquica e emocional.
É importante dizer neste momento que nem o dependente nem o codependente, fazem o que fazem, no nível da consciência, daí a necessidade de ajuda profissional em ambos os casos.
Se você se identificou com o texto, procure ajuda! Você merece o mundo!
Rafhaelli Aparecida Cao
Psicóloga CRP 03\19129
Bacharel em Psicologia (Pitágoras)
Pós-graduanda em: Psicologia Sexual (FDA)
Agendamentos pelo telefone : 73 999883272
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