Como os pensamentos influenciam nosso estado de humor? Você já parou para pensar que a maneira como interpretamos nossos problemas determina a forma como lidamos com eles?
Não são poucos os sábios, gurus e filósofos que dizem: “tudo que somos é resultado do que pensamos” (Buda), “a lei da atração é isso… Você não atrai o que você quer, você atrai o que você é” (Wayne Dyer), “as pessoas ficam perturbadas, não pelas coisas, mas pela imagem que formam delas” (Epíteto), “tudo depende de como vemos as coisas e não de como elas são.” (Jung).
Eu poderia ficar aqui enumerando diversas frases de várias pessoas que nos presentearam, ao longo da história, com suas magníficas inteligência e sensibilidade, mas creio que não será preciso. Um terapeuta cognitivo, quando atende uma pessoa por exemplo, se preocupa com cinco principais coisas: os pensamentos (crenças, imagens e lembranças); o estado de humor da pessoa, seu comportamento, suas reações físicas e seu ambiente (passado e presente). Todas estas áreas estão interconectadas e se influenciam mutuamente. Nosso comportamento pode alterar nosso ambiente, que pode alterar nosso estado de humor, que por sua vez altera nossas reações físicas e pensamentos. Nossos pensamentos podem alterar nosso corpo, que pode alterar nosso humor e que pode afetar nosso ambiente e comportamento. Somos um todo funcionando de forma integrada embora, não necessariamente de forma positiva e equilibrada.
As pessoas deprimidas, por exemplo, tendem a distorcer a percepção de si mesmas, do mundo e de seu futuro, acreditando que o mundo é um lugar triste de se viver, que as pessoas não são confiáveis e que seu futuro é algo incerto e sem perspectiva. Os ansiosos, por exemplo, podem perceber o mundo ou as pessoas como uma constante ameaça, convivem com a sensação de perigo, estão sempre em alerta e preocupadas como se algo tivesse para acontecer. Sentem-se vulneráveis.
O mais incrível disso tudo é como nossos pensamentos influenciam estes estados sejam eles depressivos ou ansiosos. Funcionam aumentando e dando um bônus a situações que, para outras pessoas, não teriam tanto peso e importância. As pessoas ciumentas, as pessoas medrosas e pessoas cheias de incertezas possuem a mente ocupada por estes sentimentos impedindo-as que percebam diferentes aspectos de uma mesma circunstância. Isso é horrível porque acabam aumentando ou encontrando problemas onde não tem realmente, fazendo tempestade em copo d’água.
Como você lida com seus problemas? Você se lamenta por ter problemas ou você pensa logo no que é preciso fazer para resolvê-los? Uma das principais atitudes que devemos desenvolver em qualquer processo de mudança é ter o controle da nossa mente, é sermos como um guardião de nossa mente no sentido de impedirmos que maus pensamentos ou ideias distorcidas de nós mesmos e de outras pessoas tomem conta dela. Este não é um trabalho fácil, requer muito empenho, determinação, autoconhecimento e força de vontade. É necessário termos um plano de ação em que estratégias para uma mudança de comportamento e de como nos sentimos em relação a nós e ao mundo que nos rodeia sejam maciçamente praticadas. Alimentar nossa mente com coisas positivas, focando naquilo que funciona, fazendo as perguntas certas, tipo: o que tenho que fazer para me sentir diferente do que tenho sentido? Perguntar o porquê nos sentimos desta ou daquela maneira não funciona, não gera transformação pois não gera ação. Esta é uma pergunta que não impulsiona, ao contrário, os porquês nos mantém focados no problema. O grande desafio é focarmos na solução do problema.
Outra atitude importante é alimentarmos nosso corpo, dando a ele energia para nos mantermos em movimento. Mudanças corporais provocam mudanças em nosso estado de humor, em nossa mente. A inércia provoca falta de energia, apatia e tédio. O movimento estimula a produção de hormônios que nos causam bem-estar e felicidade. O equilíbrio em cima de uma bicicleta só é possível quando nos mantemos em movimento, a vida também é assim. Para nos mantermos em equilíbrio é necessário estarmos em movimento.
Por fim, e talvez uma das atitudes mais importantes, seja desenvolvermos nossa espiritualidade. Me refiro aqui sermos gratos pelas mínimas coisas que temos e que sentimos. Sermos gratos é uma atitude que nos mantém conectados com nossa essência, aumentando nosso padrão vibracional. Tudo que somos e emanamos retorna para nós com a mesma intensidade.
A capacidade de doar, de ser grato e de perdoar, nos torna pessoas melhores e mais felizes. Perdoar nos liberta de toda carga negativa que uma relação já possa ter nos dado. Todo processo de mudança requer esforço e isso não serve só para quem tem depressão ou sofre de ansiedade mas para todos nós que queremos ser pessoas melhores e com isso transformar o que está a nossa volta. Descrevi aqui algumas atitudes que precisam ser praticadas para que haja uma mudança em qualquer área de nossa vida. Por mais difícil que seja não é impossível apenas trabalhoso. E você, o que tem feito para se sentir melhor consigo próprio?
Até a próxima.
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Por Vida Diária: Cristina Castro.
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