Você é daqueles homens que se sentem muito inseguros de si, de sua masculinidade e que está sempre muito preocupado em ser bom demais para seu parceiro ou parceira? Daqueles que se sentem ansiosos ou se sentem tristes e frustrados em achar que seu parceiro e parceira não te acha viril o bastante? Você acha que não é o bastante para sua parceira podendo até ser trocado por outro? Você se envergonha de si próprio, se preocupa com o que a parceira vai pensar, pensando com frequência, que podem ter homens muito melhores do que você? Se você se identificou com algum destes casos você pode ser portador de ejaculação precoce com causas psicológicas.
Uma das coisas interessantes sobre a ejaculação precoce é a relatividade histórica de seu conceito. Houve um tempo na história em que não havia a preocupação com o fato do homem ser ou não rápido para se ter orgasmo e ejacular. Nesta época, o importante era que o homem tivesse e conseguisse manter sua ereção para um bom relacionamento sexual e satisfatório. Não se esperava muito das mulheres sexualmente, nem elas mesmo. O problema da ejaculação precoce era preocupante quando o homem só de olhar a mulher ou antes que conseguisse penetrar ejaculava. Portanto, ela se associava mais ao processo reprodutivo, (Cavalcanti e Cavalcanti). Então, o que mudou hoje com relação a ejaculação prematura?
O que mudou é que com a liberação sexual feminina cada vez mais as mulheres vem percebendo e mostrando o quanto sua sexualidade é também importante e desejada. Elas vem lutando por sua igualdade sexual e fazendo valer seu prazer e excitação sexual. Se antes as mulheres desejavam que suas relações sexuais acabasse logo, hoje não é bem o que acontece. Ao contrário, as mulheres querem e devem sim ir em busca de sua melhor experiência e satisfação sexual. O problema está no fato de que o tempo excitatório e de resposta sexual entre homens e mulheres são diferentes e por isso, pode ocorrer mal entendidos no sentido de achar que um homem possa ter ejaculação precoce sem ter. O que ocorre é que existem mulheres demoradas e mulheres que nunca tem orgasmos e diante da falta de conhecimento nesta área e do comportamento sexual das pessoas , alguns homens levam a fama de serem precoces sem serem realmente.
Quando falamos na ejaculação precoce enquanto uma disfunção falamos de uma ejaculação tão rápida que o homem mal consegue penetrar sua parceira ou muitas vezes ejacula sem que haja penetração. De um modo geral, são homens que expressam uma incapacidade de perceber e controlar as sensações que precedem a ejaculação, sentindo–se frustrados, insatisfeitos e inadequados para suas parceiras, gerando muita sofrimento, insegurança e até dúvidas com relação a sua masculinidade.
Os dados das pesquisas nesta área variam muito, pois dependem do universo estudado. Carmita Abdo viu que 70% dos 25% dos homens pesquisados tinham ejaculação precoce desde que iniciou suas atividades sexuais e 29% dos 25% desenvolveram precocidade ejaculatória mais tarde. Embora a discrepância entre os dados coletados entre pesquisadores, todos são unânimes com relação ao fato da ejaculação precoce ser uma das disfunções masculinas mais comuns na primeira metade da vida sexual dos homens. (Cavalcanti e Cavalcanti).
As causas psicológicas podem ter origem psiquiátrica como ansiedade generalizada, depressão, bipolaridade. A de origem psicológica pode estar relacionado com o tipo de relacionamento, com conflitos conjugais ainda não resolvidos ou qualquer circunstância ligada a inadequação sexual. Os homens que sofrem muito com relação ao seu desempenho sexual e que possuem pensamentos distorcidos sobre sua masculinidade ou que se preocupam demais com o corpo da parceira ou parceiro, se esquecendo do seu próprio corpo e sensações, podem desenvolver ejaculação precoce.
Quanto ao tratamento, não há como se padronizar, afinal cada pessoa é uma e o que pode apresentar resultado pra uns não apresenta para outros. O importante no tratamento psicológico é que o homem reconheça os sinais que precedem a ejaculação, capacitando-o a adquirir autocontrole e paralelamente, trabalhando na redução da ansiedade, da baixa autoestima e dos problemas de relacionamento.
Seja como for é importante que se procure ajuda médica e psicológica para que se possa ter um tratamento mais completo e satisfatório.
Até a próxima semana
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