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Professores da rede municipal de Teixeira de Freitas, respeitando o prazo legal de 72 horas, iniciou oficialmente a greve, nesta quinta-feira (21), com uma caminhada saindo da Praça dos Leões e indo em direção a Prefeitura Municipal da cidade. Os docentes que ainda não tiveram um acordo com atual gestão classifica a greve como indeterminada.

Brasília Marques, presidente da APLB, falou sobre a decisão de greve, dos professores, que iniciou oficialmente nesta quinta-feira (21), respeitando o prazo legal de 72 horas: “O sindicato está para garantir os direitos dos trabalhadores, nos tivemos uma reunião ontem, e será feita uma assembleia amanhã, para analisar a proposta apresentada e encaminhar os rumos do movimento.”

A presidente da APLB, ainda acrescentou que a pauta de negociação será minuciosamente estudada pela categoria, como também serão apresentadas pautas como, merenda escolar, infraestrutura das escolas, condições de saúde, entre outras: “O professor do ano passado até este ano, teve parte dos seus salários perdido e com isso perdeu seu poder de compra, então, se não tiver seu salário corrigido, ficará impossível manter uma qualidade de vida”, explicou.

 

Brasília também falou a respeito da caminhada da Previdência, que acontecerá amanhã, sexta-feira (22), e terá o objetivo de refutar a ideia de perder a aposentadoria especial dos professores. “Esse projeto de lei, se passar tirando a aposentadoria especial dos professores, que tem uma profissão extremamente desgastante, tanto física quanto emocional, e não tirar dos militares ou judiciários, por exemplo, não iremos aceitar. Se os brasileiros tem que pagar pela Previdência, tem que ser todas as categorias”, esclareceu a presidente da APLB.

Respondendo ao apelo feito pelo secretário de Educação, Hermon de Freitas, que pediu para que os professores reavaliasse a greve, a presidente da APLB, respondeu retribuindo o apelo: “Nós também faremos um apelo, que ele nos pague os 3,41% da recomposição do Piso, referente ao ano passado, para que os professores, que já tiveram perdas salariais, consiga pagar suas contas e viver dignamente.”

 

E continua: “O município já poderia ter se programado para conseguir sanar essa situação. De um lado temos o MEC que não cumpre os deveres para com os professores, do outro as dificuldades do município e de outro, temos o direito do trabalhador, criando esse impasse. Gestar bem uma cidade é fazer cumprir os direitos dos trabalhadores”, finaliza.

A Professora Eliene Costa, do ensino Fundamental, que classificou a greve como necessária neste momento: “Estamos aqui brigando por algumas pautas que já vem sendo discutidas desde o ano 2018, e que no momento ainda não foram cumpridas, então, esse movimento, aqui hoje, é uma luta pela garantia desses direitos. Não estamos aqui apenas reivindicando reajuste salarial, mas também outras pautas, como, a qualidade da merenda escolar, qualidade de trabalho entre outras pendências.”

A professora ainda afirmou que a greve terá o objetivo de seguir, caso não haja um acordo entre as partes. “Não estamos aqui lutando por benefícios exorbitantes, estamos lutando por aquilo que é do nosso direito enquanto profissionais.”

 

Elizete Costa,  professora da Escola Moabe, falou sobre a visão da classe a respeito do movimento e decisão de greve: “Vemos essa paralisação como necessária. Como, infelizmente, o gestor não avaliou nosso pedido como sendo prioridade, nosso único mecanismo é a paralisação das atividades.”

Elizete também falou da importância do apoio da população nesta causa: “Estamos fazendo uma luta justa, é importante que a sociedade saiba disso. Os professores deste país, atualmente, estão sofrendo com represálias, então resolvemos nos juntar para que a população nos apoie nesta causa. Não vamos recuar, continuaremos aqui, firmes, pela luta dos nossos direitos”, finalizou a professora.

 

Por: Vida Diária / Foco no Poder

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