Numa pesquisa rápida na internet, você encontrará “sororidade” como sendo “uma espécie de pacto entre mulheres relacionado às dimensões ética, política e prática do feminismo contemporâneo”. Sororidade também é conceituada como sendo “a união e aliança entre mulheres, baseado na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum”. Do ponto de vista do feminismo, uma mulher exerce sororidade em relação a outra mulher, quando faz julgamentos prévios, quando não expõe a outra mulher por suas opções pessoais e profissionais, o contrário disso, colocaria a mulher diante do fortalecimento de estereótipos preconceituosos criados por uma sociedade machista e patriarcal.
É fato que a sororidade entre nós mulheres, pode ser compreendida como um “dos principais alicerces do feminismo, pois sem a ideia de “irmandade” entre as mulheres”, não haverá tão cedo, a igualdade de gênero com relação aos homens. O substantivo feminino, sororidade, tem sido cada vez mais ressoado na atualidade para difundir e consolidar essa ideia de compreensão mútua entre as mulheres. Algo muito importante diante do aumento considerável os índices de violência contra as mulheres no Brasil.
A origem da palavra sororidade está no latim sóror, que significa “irmãs”. A expressão está se fortalecendo entre as mulheres, pois está cada vez mais claro o entendimento de que a sororidade é necessária para o enfraquecimento da misoginia (que nada mais é do que “a aversão a tudo que é ligado ao feminino e às mulheres”, ou ainda “é a repulsa, desprezo ou ódio contra as mulheres”), a misoginia é uma prática dominante em nossa cultura eminentemente machista e patriarcal, como dito acima. A misoginia, por vezes, provoca a rivalidade entre as mulheres, já a sororidade provoca a compreensão/empatia/união entre nós.
Para Ana Liési Thurler, integrante do grupo de pesquisa Vozes Femininas, da Universidade de Brasília (UNB): “Mergulhadas acriticamente na sociedade, muitas vezes, não nos damos conta dos processos misóginos em nosso entorno”. Já na opinião de Ligia Baruch, mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o conceito de sororidade contribui para a igualdade de gênero na medida em que implica uma reflexão sobre a importância das mulheres não julgarem ou criticarem umas às outras”.
Algumas pessoas associam a amplitude da ideia de sororidade a uma nova onda de feminismo que tem nas por jovens mulheres sua voz. Um bom exemplo disso pode ser é o que propõe a jovem jornalista de 25 anos, Babi Souza em seu recém-lançou o livro “Vamos juntas? — O guia da sororidade para todas” (Editora Galera). Mulheres, vocês tem praticado a sororidade para com as mulheres de seu contexto familiar, profissional e social? Reflita sobre isso... Caso você tenha uma bacana história de sororidade, mande por e.mail que postaremos sua história em nossa coluna: [email protected]
Por: Gine Kinjyo
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