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Teixeira de Freitas, 03 de maio: Nesta quinta-feira (03), a equipe do Vida Diária esteve no bairro Mirante do Rio, nas proximidades do campus II da Faculdade do Sul da Bahia (FASB), onde os moradores estão há dois dias em manifestação, utilizando de todas as formas de protesto, como o fechamento das vias e a queima de pneus, o que gera todo um caos de utilidade pública.

Um morador do bairro, que não quis se identificar, disse o seguinte: “a nossa realidade hoje aqui é triste, por exemplo, quando chove, alaga. O Mirante do Rio está sem estrutura, muita gente investiu aqui, e, infelizmente, está um descaso total. A administração não dá atenção para as reais necessidades do bairro, e, com isso, nós não aguentamos mais e estamos reivindicando para que sejamos escutados”.

 

Um outro morador disse que não teve aula no campus II devido aos protestos, “nós impedimos o acesso a partir das 18h30, que é o horário que os alunos estão vindo para estudar, então, entendemos também que é o horário que causa mais transtornos, porque protesto sem transtorno não tem efeito e, principalmente, aquele que nós esperamos, que é um retorno do setor público”, argumentou o manifestante.

O mesmo manifestante aproveitou para falar um pouco sobre o caso da nova sede do Corpo de Bombeiros, a qual está instalada no bairro e até hoje não foi entregue à cidade. “Tem 6 meses que o prédio está se deteriorando, foi um dinheiro público gasto e não teve nenhum retorno, o governador esteve até presente aqui para inaugurar. Entretanto, segundo boatos, o acordo que havia sido feito com a prefeitura, que era responsável pelo asfaltamento, não ocorreu”. Dessa forma, o processo só vai se arrastando.

 

“Está difícil morar no bairro, quando viemos para aqui foram inúmeras promessas e até hoje nada. É tanta lama, que na semana passada, em um feriado, teve um evento grande no bairro e o pessoal teve que sair no meio da lama. Na quinta-feira (02), eles até mandaram passar uma máquina aqui, como forma de amenizar os protestos, só que nós vamos continuar com as manifestações até que o setor público resolva a situação”, disse uma moradora inconformada com a situação.

Outra moradora disse que eles estão reivindicando nada de extraordinário, estão reivindicando apenas o necessário, o que qualquer bairro decente tem, que é rede de esgoto, pavimentação e iluminação pública.

 

Uma parte que também está sendo prejudicada são os universitários do campus II, que mesmo apoiando as manifestações, pois entendem os protestos dos moradores, alegam que isso está atrapalhando as aulas na faculdade, porque um dia perdido de conteúdo fica complicado para eles, os quais têm que cumprir uma certa quantidade de carga horária.

A direção da faculdade nos informou que  nessa quinta-feira

remanejou as aulas para o campus I, para assim não prejudicar os alunos. E enquanto durar os protestos as aulas continuaram ali.

Nossa equipe entrou em contato também com o secretário de infraestrutura, Tabajara Marques. Ele disse que estão aguardando a verba do governo do estado, licitação, esses trâmites, portanto não tem como dar prazo para resolver o problema. E o que pode ser feito de imediato está fazendo, a exemplo, passar a patrol para amenizar o problema.

 

Por: Vida Diária/Robson Dias e Mirian Ferreira

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