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Quem procura opção no extremo sul baiano para fugir da rotina, pode se aventurar nas belezas naturais de Arraial D’Ajuda, especialmente se essa aventura for nos ares. A equipe do Vida Diária acompanhou atletas praticantes do voo livre de parapente, neste sábado e domingo, 15 e 16 de abril, e trouxe um pouco mais da história do parapente na região.

Voamos com o instrutor e piloto de voo duplo de parapente, José Ivan Guiguinski, conhecido como Blá, que é da Escola de Parapente Pitinga e da Parapente Porto Seguro, formado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina. Ele voa há 30 anos, tendo iniciado os voos livres na asa delta, e reside em Arraial há 10 anos.

Blá contou que há 20 anos uma equipe de atletas trouxe os equipamentos do parapente e ensinaram alguns moradores, fazendo com que o esporte fosse dinamizado e evoluído, tanto no número de praticantes, quanto no nível dos equipamentos. Além de ser uma fonte de renda para a população, como é o caso do senhor “Carlito”, que é o fiscal de rampa, reside na fazenda onde saem os voos e tem nisso o sustento da família.

Para voar, o aluno tem a opção de subir a falésia por uma escada de acesso, passando pela praia da Pitinga e praia do Parracho, ou ir pela estrada de chão, de carro, curtindo a mata atlântica e rios pelo caminho.

As falésias têm em torno de 50 metros de altura. A pessoa irá fazer um voo na modalidade ‘lift’ ou sustentação, que é um voo mais seguro, e dá para aproveitar as belezas naturais do local, feito em praias ou montanhas. “O índice de incidentes aqui é baixíssimo, por conta da segurança, nós temos uma falésia contínua de sete quilômetros, onde são feitos os voos e o pouso é feito na areia da praia”, explicou Blá.

Na Associação Sul Baiana de Parapente (que inclui as cidades de Prado, Itamaraju, Cumuruxatiba, Itabela, Guaratinga, Porto Seguro e Itagimirim, onde têm pista para voos) há registrados em Arraial quatro instrutores/pilotos e mais três pilotos de voo duplo. Ao todo, são mais de 30 pilotos que praticam como forma de lazer, e muitos residem em outras cidades.

No parapente, cada atleta tem seu próprio apelido e muita história para contar. Como é o caso do “Bob Pai” (Roberto da Silva Batista), aposentado, que foi em Arraial conhecer a pista de voo e resolveu morar lá. Bob Pai é um apaixonado pelas alturas e toda sua família pratica voo livre.

Para quem não conhece o esporte, “a asa do parapente é parecida com o paraquedas, um tecido, linhas e costuras, e são infláveis pelo movimento do ar onde o piloto e o passageiro são sustentados por cabos e linhas muito resistentes”, explicou o instrutor.

E foram nessas asas que o casal “Grilo” e “Poli” se conheceram. Eles são pilotos de Minas Gerais e viajam o país inteiro com seus parapentes. Poli faz parte do grupo Saias para Voar, que é um movimento feminino de voo livre. O Saias para Voar costuma marcar sua agenda através do site e reúne mulheres de todo canto do país nos eventos.

Para quem procura voos mais altos, Porto Seguro e Arraial também oferecem voos de helicóptero. Para isso, há algumas pistas de pouso na praia e, por um preço a mais, a pessoa pode desfrutar desse voo diferenciado.

Para chegar a Arraial o turista tem a opção de atravessar o rio Buranhém com a balsa. Há vãs e ônibus pelo local, 24 horas por dia. As pousadas e hotéis em Arraial têm valores de diária variados, e dependem da temporada do ano. Quem não tem tanto dinheiro para gastar, pode também levar sua barraca e pagar por uma estadia em camping, ou alugar uma barraca lá.

A rua e a praia de Mucugê são as mais famosas do distrito. Antes, porém, o turista não deve deixar de aproveitar a vista do alto da igreja de Nossa Senhora D’Ajuda e colocar uma das famosas fitinhas em seus paredões.

Quem se interessar pelo voo duplo pode entrar no site www.parapenteportoseguro.com.br ou pelo telefone (73) 98135-5952, que irá falar com Ivan Blá. É importante que a pessoa procure um profissional habilitado, que tenha a carteira da Confederação Brasileira de Voo Livre ou da Associação Brasileira de Parapente.

 

Por Vida Diária/ Petrina Nunes

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