Cidades

Suzano, juntamente com o Instituto Cidade Marinelia, de Teixeira de Freitas (BA), está apoiando o projeto Reciclavida, que envolve a atuação de cerca de 100 pessoas da Associação de Moradores do Bairro Ulisses Guimarães. O objetivo é orientar e organizar o trabalho dos coletores de resíduos que atuam no aterro sanitário da região. O apoio da Suzano se dá por meio do Escritório de Projetos, área da empresa que reúne especialistas de diferentes áreas.

Elton Santiago, Analista de Desenvolvimento Social da Suzano, explica que os participantes do projeto foram mapeados e receberam orientações, além de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para execução da atividade. “Fornecemos camisa, chapéu, óculos, luvas, botas e outros equipamentos que facilitam e tornam mais seguro o trabalho de coleta de resíduos. Além disso, orientamos a gestão do processo na Associação, alinhada ao conceito de economia circular (reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia) com foco na reciclagem inclusiva”, explica.

O projeto é resultado do envolvimento de vários parceiros e de um trabalho contínuo que inclui parceria também com a Secretaria de Meio Ambiente de Teixeira de Freitas. O município planeja iniciar o sistema de coleta seletiva, acompanhado de um centro de triagem de resíduos sólidos urbanos. O objetivo é retirar os catadores do Aterro Sanitário, migrando para o galpão dessa nova estrutura, e fomentar a atividade oferecendo melhores condições de trabalho para as famílias envolvidas.

A ação de apoio ao Reciclavida faz parte do projeto de Reciclagem Inclusiva da Suzano, alinhada a uma das Metas de Longo Prazo da empresa, que é retirar 200 mil pessoas da linha de pobreza até 2030 nas regiões onde tem operações. “Nosso objetivo é dar dignidade a essas pessoas em situação de vulnerabilidade social que conseguem, com trabalhos informais, gerar renda para sustentar suas famílias”, afirma Elton Santiago.

O descarte de resíduos é algo dinâmico e constante e, se feito de forma inadequada, pode causar uma série de complicações. Segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), existem no Brasil cerca de 600 mil catadores de materiais recicláveis. Trata-se de uma atividade que contribui para o sustento de muitas famílias, além de poupar o meio ambiente a partir do reaproveitamento de materiais descartados.

Desde os 10 anos de idade trabalhando com reciclagem, Tais dos Santos Santana é uma das profissionais que foi impactada pelo projeto Reciclavida e já percebe mudança em seu trabalho como catadora. Para a reciclagem de pet, latas de alumínio, fios, cobre e outros itens, ela agora conta com um kit de EPI para executar seu ofício, com chapéu, camisa de proteção solar, luvas e botas. "O Reciclavida foi a melhor coisa que aconteceu pra mim. Minha situação de trabalho melhorou a partir do projeto e vem me ajudando muito. O trabalho ficou mais seguro pra nós", conta.

A presidente da Associação de Moradores do Bairro Ulisses Guimarães, Creusa Gonçalves de Oliveira, destaca que o apoio recebido é essencial para promover o desenvolvimento de um trabalho mais profissional e seguro para os catadores. “A proposta do Projeto Reciclavida traz mais dignidade, melhora a autoestima e ajuda, principalmente, que eles entendam que catador é uma profissão. O trabalho que desenvolvemos acompanha não só esse profissional, mas toda a sua família. Estamos felizes e otimistas com essa parceria com a Suzano. Desde a abertura do projeto, já cadastramos mais voluntários. A procura tem aumentado”, afirmou.

Por: Vida Diária/ASCOM 

• < Ant
• Próximo >