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O ex-diretor-presidente global da BRF Brasil Foods Pedro de Andrade Faria foi preso na manhã desta segunda-feira (5), em São Paulo, na 3ª fase da Operação Carne Fraca.

Outras dez pessoas ligadas à empresa são alvo de prisão temporária (veja lista mais abaixo), e duas delas já foram presas na capital paulista: o ex-diretor e ex-vice-presidente Hélio Rubens Mendes dos Santos Júnior e o gerente jurídico Luciano Bauer Wienke.

Esta nova fase, batizada de Operação Trapaça, cumpre um total de 91 ordens judiciaisem São Paulo, no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e em Goiás. Além dos 11 mandados de prisão, há 27 mandados de condução coercitiva e 53 de busca e apreensão.

De acordo com a PF, as investigações apontaram que cinco laboratórios credenciados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e setores de análises da BRF fraudavam resultados de exames em amostras de processo industrial.

Ainda segundo a PF, dados fictícios eram informados em planilhas e laudos técnicos entregues ao Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA) para impedir que o Mapa fiscalizasse a qualidade do processo industrial da BRF.

 

Pedro de Andrade Faria chegou por volta das às 8h35 à sede da PF na capital paulista. Os demais alvos de mandados de prisão temporária dessa fase trabalham ou já atuaram na BRF.

Veja a lista:

André Luís Baldissera

Décio Luiz Goldoni

Fabiana Rassweiller de Souza

Fabianne Baldo

Harissa Silvério el Ghoz Frausto

Hélio Rubens Mendes dos Santos Júnior - preso

Luciano Bauer Wienke - preso

Luiz Augusto Fossati

Natacha Camilotti Mascarello

Pedro de Andrade Faria - preso

Tatiane Cristina Alviero

O G1 enviou um e-mail pra BRF às 7h12 mas, até as 9h, a companhia não havia se posicionado. A reportagem tenta localizar a defesa dos citados.

 

Os investigados podem responder, de acordo com a PF, por crimes como falsidade documental, estelionato qualificado e formação de quadrilha ou bando, além de crimes contra a saúde pública, entre outros.

Segundo a Justiça, os "crimes contra a saúde pública tiveram início e foram essencialmente praticados na planta da BRF em Carambeí/PR".

"Em tal região teria havido a contaminação de granjas pela bactéria Salmonella e a empresa, além de não tomar as providências necessárias para a sua contenção, também não teria comunicado às autoridades competentes", diz um trecho do despacho.

Ainda conforme a Justiça, "o que se verifica é a existência de um círculo vicioso, em que um crime foi cometido para ocultar o outro e assim por diante, restando evidente a conexão e impossibilidade de dissociação dos fatos".

 

A primeira fase da Operação Carne Fraca, lançada em março de 2017, investigou o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos. Cinquenta e nove pessoas viraram rés.

A operação causou um impacto financeiro de R$ 363 milhões nas contas da BRF de 2017. Houve gastos e despesas extras com mídia e advogados, além de frete, armazenagem e perdas com devoluções de produtos.

 

Operação Trapaça

"Trapaça" é uma alusão, conforme a PF, ao sistema de fraudes operadas pela BRF e por laboratórios de análises de alimentos a ele vinculados.

Executivos da BRF, do corpo técnico e profissionais responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos da empresa consentiam com as fraudes, segundo a PF.

De acordo com a PF, também foi constatado que executivos da BRF fizeram manobras extrajudiciais para acobertar a prática das irregularidades ao longo das investigações.

Duzentos e setenta policiais federais e 21 auditores fiscais federais agropecuários estão nas ruas cumprindo os mandados desta nova etada da Carne Fraca, de acordo com a PF.

 

Cidades onde há mandados

No Paraná, há mandados sendo cumpridos em Curitiba e em Araucária, na Região Metropolitana; em Carambeí, em Castro, em Palmeira, em Ipiranga, em Piraí do Sul e em Ponta Grossa, nos Campos Gerais; em Dois Vizinhos e em Toledo, no oeste; e em Maringá, no norte.

 

Por: Vida Diária/G1

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