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Na manhã desta quinta-feira, 5 de janeiro de 2023, às 09h30 (horário de Roma) e 05h30 (horário de Brasília), aconteceu na Praça São Pedro em Roma, a celebração das Exéquias do Papa Emérito Bento XVI, que faleceu no último dia 31 de dezembro de 2022 às 09h34 (horário de Roma). A Santa Missa foi presidida pelo Papa Francisco e concelebrada por cardeais, bispos e sacerdotes do mundo todo. Dentre eles, participou da celebração, o Padre Roberto Pereira da Silva, sacerdote da Diocese de Teixeira de Freitas – Caravelas/BA, que está em Roma desde agosto de 2022 para cursar o mestrado em Teologia Espiritual na Teresianum – Pontifícia Facultas Theologica.

Na ocasião, perguntamos ao Padre Roberto: “Padre Roberto, hoje vivenciamos um momento histórico na nossa Igreja na ocasião da celebração das Exéquias do Papa Emérito Bento XVI, com várias situações inéditas, como, pela primeira vez na história, um Papa celebrar o funeral de outro Papa. Dentre milhares de sacerdotes no mundo, o senhor teve a oportunidade de estar entre os sacerdotes que concelebraram esta Celebração. Qual o sentimento? O que passa na vossa cabeça e no vosso coração?”

Confira a resposta dele, enviada por áudio:

Queridos irmãos e irmãs, especialmente de Teixeira de Freitas, minha querida Diocese, depois que o Papa Bento XVI morreu, muita gente me mandando mensagem se eu não iria postar nada. Eu estava fazendo pastoral de Natal no norte da Itália. Graças a Deus, eu cheguei a tempo para o funeral e foi uma coisa importante da minha vida, porque Bento XVI faz parte da minha vida, da minha formação. O primeiro contato que eu comecei escutar, aproximar, foi na Jornada Mundial da Juventude, em Madri, em 2011. Quando o Papa Bento XVI chegou com a juventude, meu coração se alegrou, e eu disse assim: “esse é o homem que eu quero como um modelo”. Aquela jornada me marcou muito. Depois, comecei a acompanhar. Eu confesso que eu mudei a minha visão de liturgia lendo Bento XVI. Antes de ler Bento XVI eu celebrava de uma maneira e depois eu mudei. E depois foi muito curso que eu dava na Diocese, na Catedral, com base nos escritos de Bento XVI sobre a liturgia. Ele me ajudou, especialmente rezar a liturgia, rezar a Santa Missa. Esse é o grande contributo de Bento XVI na minha vida. Um outro foi as minhas homilias que eu fazia domingo, e eu lia as homilias de Bento XVI, era uma base. Ele me ajudou muito também nas minhas pregações. E por último, na questão acadêmica, no curso de mestrado que eu faço, no final tem que fazer um trabalho um trabalho, chamada Tesina, e eu já estava há muito tempo pensando em fazer no pensamento de Bento XVI. Está confirmado esse meu trabalho final. Estou pesquisando ainda, mas com certeza é Bento XVI. Um homem que contribuiu muito na minha formação. E é uma emoção muito grande fazer parte desse momento histórico, tanta coisa histórica, de estar concelebrando, representando a Diocese de qualquer forma. Emoção você ver tantos padres, muitos padres que amam, nós que amamos Bento XVI. Estar na Praça de São Pedro no dia de hoje é uma coisa inexplicável. Meu coração foi tomado de muita emoção, de muita emoção mesmo. Quando ele chegou na praça, eu já estava, quando ele saiu, eu também estava lá. De viver, de vivenciar essa história. Ele é comparado aos grandes santos, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino. A sensação de tristeza, mas também de alegria, como ele falou, ele não estava se preparando para um fim, mas, para um encontro. E a cristologia de Bento XVI ajuda muito. Uma das últimas palavras dele foi “Jesus eu te amo”. Foi isso que Bento XVI ensinou durante a sua vida toda, ensinar a Jesus. Deus abençoe, continuem rezando por mim, para que eu possa me adaptar aqui e me sair bem nos estudos. Deus abençoe todos da Diocese.

 

Por: Vida Diária/Ascom

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