Teixeira de Freitas: Acontece no plenário da Câmara Municipal na manhã desta sexta-feira (25) o 1º Encontro Municipal dos Parceiros na Luta contra a Sífilis, realizado pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde/GraduaSUS da Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB em parceria com a Secretaria de Saúde do município de Teixeira de Freitas, envolvendo profissionais da área de saúde para abordar temas relacionados à doença Sífilis. O encontro traz atividades para todo o dia. Entre os palestrantes, a Dra. Márcia Nunes e Dra. Márcia Moraes, decanas e professoras da Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB falam sobre as especificidades da sífilis no Brasil, na Bahia e em Teixeira de Freitas. O evento também conta com a participação da coordenadoria de Vigilância Epidemiológica de Porto Seguro.
De acordo com a Dra. Erika Maria Sampaio Rocha, doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo – UFES e professora substituta em Propedêutica na UFSB, há a necessidade de oferecer à comunidade, o conhecimento sobre a doença e métodos de prevenção. “A Sífilis é uma doença sexualmente transmissível que pode ser evitada com o uso de preservativo. Os sintomas mais comuns são lesões na pele e o tratamento não é complicado, os profissionais da saúde básica estão preparados para esclarecimentos de dúvidas, diagnósticos e tratamentos, basta que a população seja informada, e o encontro de hoje promove essa capacitação, tanto aos alunos como aos profissionais da área”, conclui a doutora.
Saiba mais sobre a Sífilis
O que é Sífilis?
É uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A sífilis é um mal silencioso e requer cuidados. Após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente. Só é contagiosa nos estágios primário e secundário e, às vezes, durante o início do período latente. Raramente, a doença pode ser transmitida pelo beijo, mas também pode ser congênita, sendo passada de mãe para filho durante a gravidez ou parto. Uma vez curada, a sífilis não pode reaparecer – a não ser que a pessoa seja reinfectada por alguém que esteja contaminado.
Causas
A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, que é geralmente transmitida via contato sexual e que entra no corpo por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas.
Sintomas de Sífilis
A sífilis desenvolve-se em diferentes estágios, e os sintomas variam conforme a doença evolui. No entanto, as fases podem se sobrepor umas às outras. Os sintomas, portanto, podem seguir ou não uma ordem determinada. Geralmente, a doença evolui pelos seguintes estágios: primário, secundário, latente e terciário.
Sífilis congênita
A sífilis pode, ainda, ser congênita. Nela, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, seja na hora do parto. A maioria dos bebês que nasce infectado não apresenta nenhum sintoma da doença. No entanto, alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Mais tarde, a criança pode desenvolver sintomas mais graves, como surdez e deformidades nos dentes.
Buscando ajuda médica
Procure um especialista se tiver mantido relações sexuais com algum portador de sífilis. Atenção também para os sintomas: alguns são idênticos ou muito similares aos sintomas de outras doenças. Consulte um médico para que ele possa fazer os exames necessários e acertar no diagnóstico. Anote todas as suas dúvidas e leve-as ao especialista. Descreva todos os seus sintomas e procure ser o mais claro possível. Isso vai ajudá-lo a realizar o diagnóstico. Você pode fazer alguns questionamentos ao médico, como:
Há alguma outra DST que possa despertar os mesmos sintomas em mim?
Que exames devo fazer para ter certeza de que trata-se de sífilis?
Como vou saber se estou curado ou se a doença está em seu estado latente?
Quais cuidados devo tomar com meu parceiro/parceira?
Diagnóstico de Sífilis
Os sintomas da sífilis costumam ser muito similares a sintomas de outras doenças, então o médico deve realizar exames específicos para conseguir fazer o diagnóstico. Veja alguns exames que o especialista poderá solicitar:
Exame de sangue: bastante comum, pode identificar anticorpos no sangue que estão combatendo alguma infecção. Eles permanecem no sangue por anos, enquanto a bactéria estiver instalada no organismo, por isso o exame pode ser feito também para diagnosticar infecções antigas, cuja transmissão aconteceu há muito tempo.
Cultura de bactérias: o médico pode optar também por recolher amostras de uma secreção expelida por alguma ferida presente no corpo, que será analisada em microscópio. Este tipo de teste só pode ser realizado durante os dois primeiros estágios da sífilis, cujos sintomas envolvem o surgimento de feridas. A análise dessas substâncias pode indicar a presença da bactéria no organismo do paciente.
Punção lombar: se há a suspeita de que o paciente está com complicações neurológicas causadas pela sífilis, o médico poderá coletar uma pequena amostra do líquido céfalo-raquidiano. As amostras são enviadas para laboratório e analisadas.
Se você foi diagnosticado com sífilis, é importante notificar ao seu parceiro ou parceira para que ele ou ela possa também realizar os exames necessários para o diagnóstico. Se der positivo, quanto antes dar início ao tratamento melhor.
Tratamento de Sífilis
Quando diagnosticada precocemente, a sífilis não costuma causar maiores danos à saúde e o paciente costuma ser curado rapidamente.
O tratamento mais indicado pelos médicos é feito à base de penicilina, um antibiótico comprovadamente eficaz contra a bactéria causadora da doença. Uma única injeção de penicilina já é o bastante para impedir a progressão da doença, principalmente se ela for aplicada no primeiro ano após a infecção. Se não, o paciente poderá precisar de mais de uma injeção.
Complicações possíveis
Sem tratamento, a sífilis pode evoluir, se espalhar pelo corpo e causar complicações mais graves para os pacientes infectados. Surgimento de inchaços na pele, ossos, fígado e outros órgãos no último estágio da doença. Com tratamento, esses inchaços costumam desaparecer, mas se não tratados eles podem evoluir para tumores. Além disso, pode aumentar o risco de infecção por HIV e, em mulheres, pode causar complicações na gravidez.
Prevenção
O único modo 100% seguro para evitar a contaminação com sífilis é não ter nenhum tipo de contato sexual. Ter relações sexuais com pessoas distintas aumenta o risco de contrair a doença, mas o mais importante é sempre fazer uso do preservativo. A camisinha é medida preventiva não só para sífilis, mas também para todas as outras doenças sexualmente transmissíveis (DST’s). Você pode contrair a doença tendo contato sexual com uma só pessoa, como também pode contraí-la após entrar em contato sexual com várias. Tudo vai depender mesmo do uso ou não de preservativo.
Por Vida diária: Andressa Lima/Minhavida.com
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