A Bahia obteve um crescimento no número de casos de coqueluche em 2024. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em 2024, foram notificadas 311 ocorrências suspeitas, sendo que 84 foram confirmadas, inclusive a morte de uma bebê de 9 meses em novembro, a primeira registrada em 5 anos na Bahia.
O número é expressivamente maior do que em 2023, quando foram notificados 68 casos suspeitos, com duas confirmações. Segundo a pasta, a cidade de Teixeiras de Freitas, onde a criança morreu por coqueluche, enfrenta um surto da doença, com 44% dos casos confirmados no ano passado.
As outras ocorrências registradas foram em Salvador e Feira de Santana, ambas com 13 casos, Medeiros Neto (três casos), Bom Jesus da Lapa, Mucuri, Porto Seguro e Prado (dois casos) e em Euclides da Cunha, Belo Campo, Ourolândia, Jequié, Camaçari, Ibipitanga, Prado, Santa Cruz de Cabrália, Serrolândia e Eunápolis (com um caso cada). Até o último dia 20 de janeiro, a Bahia registrou dois casos da doença.
“Por ser uma doença altamente contagiosa, a coqueluche pode causar infecções em pessoas de todas as idades. Crianças menores de 1 ano, no entanto, apresentam maior potencial de gravidade. Por isso, manter a imunização em dia desse público é fundamental. A vacinação é também imprescindível para as gestantes, a partir da 20ª semana gestacional, pois confere aos bebês proteção passiva já nos primeiros meses de vida”, orienta o médico infectologista Claudilson Bastos.
Ele ainda acrescenta que a baixa cobertura vacinal no país, inferior à meta de 95%, é o principal fator relacionado ao aumento de casos nos últimos anos.
A vacina para coqueluche está acessível para a população no Sistema Único de Saúde (SUS) e na rede privada, como nas unidades do Sabin em Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Santo Antônio de Jesus, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. O esquema primário de imunização deve ser iniciado aos 2 meses de vida, com novas doses aos 4 e 6 meses. Os reforços de vacinação devem ocorrer entre 15 e 18 meses, 4 e 6 anos e 9 e 11 anos. Como a vacina protege por 10 anos, são necessários novos reforços na adolescência e na idade adulta.
TRATAMENTO
Ao aparecer os primeiros sinais e sintomas da coqueluche – como tosse seca seguida pelo guincho inspiratório, dificuldade para inspirar, rosto vermelho (congestão facial) ou azulado (cianose) – um médico deve ser procurado para fazer o diagnóstico e orientar o tratamento. A medicação, que deve ser ministrada a partir de uma orientação de um especialista e conforme cada caso, ajudará a reduzir a gravidade dos sintomas, quando iniciado o tratamento precocemente.
Cuidados de suporte para o paciente, como hidratação e controle da febre, são igualmente importantes para evitar o agravamento dos sintomas da coqueluche, que é uma doença causada pela bactéria Bordetella pertussis. A enfermidade é uma infecção respiratória aguda caracterizada por episódios de tosse intensa e prolongada.
Por: Vida Diária/ Bahia Notícias
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